As descobertas arqueológicas que vieram a público em 2015 renderam novas informações sobre eventos e personagens bíblicos.
Abaixo estão as 10 principais escavações que aconteceram nas terras da Bíblia.
10. A cabeça do ídolo de Bete-Semes
Um menino israelense estava em um piquenique com sua família nas ruínas da cidade bíblica de Bete-Semes quando encontrou o que parecia ser a pequena cabeça de uma estátua. O garoto mostrou a peça a um guia turístico israelense, que o incentivou a levar o achado às Autoridades das Antiguidades de Israel — e assim ele fez.
A cabeça era de uma deusa da fertilidade, provavelmente Asherah, datada do século 8 a.C.
9. O mosaico da menorá bizantina
Em 2015, uma escavação na sinagoga Bizantina Horvat Kur,localizada no Mar da Galileia, revelou um mosaico que descreve uma menorá em um projeto original da lâmpada a óleo. Esse projeto é parte de uma das várias sinagogas que foram escavadas perto do epicentro do ministério de Jesus, oferecendo novas suposições sobre as comunidades de culto nos séculos depois de Jesus.
8. O local do palácio de Herodes
No início do ano, arqueólogos anunciaram as escavações de uma antiga prisão turca perto de Jerusalém. O Portão de Jaffa seria aberto ao público através de visitas guiadas. Acredita-se que este tenha sido o local do palácio de Herodes há 2 mil anos e, possivelmente, o local do julgamento de Jesus diante de Pilatos.
7. Portão de Ferro em Gate
Escavadores de Tell es-Safi (a cidade filistéia de Gate) fizeram muitas descobertas em mais de 20 anos de escavações. Mas em 2015, eles encontraram o portão monumental de Gate, cidade que abrigava de Golias (o seu mais famoso residente). É um dos maiores portões da cidade já encontrados em Israel, atestando a importância da região há 3 mil anos.
6. Raro selo no Monte do Templo
Há dez anos, o turista russo Matvei Tcepliaev participou do Projeto de Triagem no Monte do Templo em Jerusalém. Em meio à sujeira das escavações em 1999, ele descobriu um selo datado no tempo do Rei Davi e dos jebuseus, há 3 mil anos. Arqueólogos consideraram este um "achado raro" daquele período da história de Jerusalém.
5. Nome de Es-Baal em Khirbet Qeiyafa
Este ano, escavadores anunciaram sua descoberta em Khirbet Qeiyafa feita em 2012, de um velho frasco de 3 mil anos inscrito com o nome de Es-Baal. Este não é o mesmo Es-Baal citado em 1 Crônicas 8:33 como um dos filhos do rei Saul, mas é uma única menção do nome em registros antigos.
4. Vaso de barro cananeu
As escavações em Laquis, realizadas em 2014, descobriram um óstraco (fragmento de um vaso de barro) datado em 1.130 a.C. O significado das nove letras inscritas não é claro, mas os escavadores dizem que elas fornecem informações importantes sobre o desenvolvimento do alfabeto cananeu e, finalmente, do hebraico, grego e latino.
3. Selo de Ezequias
Em 2009, as escavações realizadas em Ofel, uma área próxima ao Monte do Templo, em Jerusalém, descobriram um selo de argila impresso com a marca do Rei Ezequias. "É a primeira impressão do selo de um rei israelita ou da Judeia exposta em um local de escavação arqueológica científica", relatou a Universidade Hebraica.
Depois de muitos meses, os pesquisadores conseguiram decifrar, com precisão, o que estava inscrito no selo: "Pertencente a Ezequias, filho de Acaz, rei de Judá."
2. A casa de Jesus de Nazaré
O professor Ken Dark, da Universidade de Reading no Reino Unido, analisou os resultados de trabalhos arqueológicos que foram negligenciados, realizados em 1936 no convento das Irmãs de Nazaré.
Embora seja impossível dizer que os restos da casa que existem no local pertenciam à casa de Jesus durante sua infância, Dark diz que é claramente o lugar que os cristãos da época bizantina acreditavam ser a casa de Jesus.
1. Pergaminho carbonizado de Levíticos
Em 1970, arqueólogos descobriram os restos carbonizados de um rolo de pergaminho nas ruínas de uma sinagoga Bizantina em Ein Gedi, ao longo da costa ocidental do Mar Morto. Era inconcebível, na época, que este briquete de carvão em forma de charuto poderia revelar seu conteúdo.
Mas no último verão, o professor da Universidade de Kentucky, Brent Seales, usou um software de imagem digital que realizou uma tomografia computadorizada do pergaminho. Arqueólogos israelenses ficaram surpresos ao ver que os oito primeiros versículos do livro bíblico de Levítico estavam inscritos na peça, datada em 1.500 anos de idade.
A tecnologia de Seales para decodificar tomografias de textos antigos carbonizados pode abrir a porta para recuperar muitos mais documentos antigos, incluindo uma biblioteca inteira de uma villa romana destruída pela erupção do Monte Vesúvio em 73 a.C, bem como documentos de papiro descartados usadas para criar invólucros de uma múmia egípcia.