Pam Whitehead teve uma infância traumática e cheia de violência. Com apenas 8 anos, ela presenciou seu pai assassinar sua mãe, na zona rural do Alabama, nos Estados Unidos.
Mais tarde, o homem foi condenado a 50 anos de prisão e Pam e seus irmãos mais novos foram adotados por um casal.
Mas, ela não encontrou amor em sua nova família. O pai adotivo espancou e abusou sexualmente da menina e de seus irmãos.
Aos 10 anos, ela denunciou os abusos à polícia e o homem foi preso. Enfrentando a dor de tantos traumas, Pam desenvolveu ansiedade.
“A ansiedade que estava em mim, eu não conseguia segurar muita comida. Eu estava tão assustada”, lembrou ela, em entrevista ao The 700 Club.
A menina acabou se refugiando no álcool, com apenas 11 anos de idade. “Gostei e tirou a dor. Então eu soube a partir daquele momento que se eu não quisesse me lembrar de nada, eu poderia apenas beber”, revelou Pam.
Pam com seus irmãos e sua mãe. (Foto: Reprodução/CBN News).
Algumas vezes, sua mãe adotiva a levava à igreja, junto com seus irmãos. Mas a menina acreditava que Deus não se importava com sua vida.
E questionava: “Eu não acho que Deus me viu. Se você se importasse comigo, porque você permitiria que todas essas coisas acontecessem comigo?”.
Tentativa de suicídio
Aos 16 anos, Pam já era alcoólatra. Lutando contra a dor emocional durante o julgamento de seu pai adotivo, que foi condenado a 20 anos de prisão, ela tentou tirar sua própria vida.
“Eu estava deprimida. Eu estava ansiosa. Eu não conseguia comer. Eu me senti péssima porque meu irmão e minhas irmãs estavam sendo separados e tudo isso junto com o julgamento de meu pai adotivo”, relatou.
Felizmente, a tentativa de suicídio deu errada e a adolescente foi internada em um hospital psiquiátrico.
Nos anos seguintes, Pam continuou a lutar contra a depressão, as tentativas de suicídio e o vício em álcool e cocaína. Todas as tentativas de reabilitação falharam.
“Parar de beber nunca passou pela minha cabeça. Eu apenas pensei: é assim que eu tenho que viver o resto da minha vida”, confessou ela.
Encontrando Deus
Quando Pam tinha 30 anos, ela teve uma experiência sobrenatural com Deus, enquanto estava bebendo em uma festa, certa noite.
“Esta voz surgiu do nada e me disse: 'Esta é a sua vida. Você está sempre do lado de fora olhando para dentro. Mesmo em uma sala cheia de pessoas, você ainda se sente sozinha. Mas estou com você”, disse.
“E eu pensei: ‘quem é esse?’. Eu não conhecia aquela voz e fiquei brava porque foi a coisa mais honesta que já ouvi na minha vida. Era verdade. Não importava onde ou com quem eu estivesse, eu sempre estava sozinha”.
“Jesus me deu esperança”
Quatro anos depois de ouvir a voz de Deus, Pam foi evangelizada por uma amiga e aceitou ir à igreja. Durante o culto, a jovem lembrou da experiência sobrenatural que havia vivido e decidiu se entregar a Cristo.
“Naquele dia eu pedi para Ele entrar na minha vida e me rendi. Ele me deu esperança porque eu não tinha nenhuma”, testemunhou a cristã.
Ao mergulhar na Palavra de Deus, Pam foi curada de seus traumas e liberta de toda dor para viver uma vida plena com Jesus.
“Eu não posso nem imaginar não andar nesta liberdade. É o melhor lugar para se viver. Essa esperança que temos em Jesus Cristo, e sabendo que isso não é tudo que existe. Esta vida aqui não é tudo que existe. Há mais, há mais”, declarou Pam.