O casal cristão Filipe Daniel e Giulianna sonhavam com um filho. Eles já tinham escolhido até o nome, se fosse menino se chamaria Benjamin.
Após sete anos de espera, em outubro de 2019, Giulianna engravidou. Um mês antes de saber a grande notícia, ela teve um sonho com um menino que corria em sua casa.
O início da gestação foi muito tranquilo. Mas, com vinte semanas, um exame mostrou que o bebê estava com o peso abaixo do normal.
Pelos próximos meses, a mãe precisou fazer um exame todas as semanas, que era muito caro. Durante esse tempo, o casal experimentou a provisão de Deus para pagar o acompanhamento.
Em um dos exames do sétimo mês, Giulianna foi diagnosticada com Resistência Arterial no Cordão Umbilical, o que estava impedindo o bebê ganhar o peso ideal.
“Foi aí que sentimos o impacto. Porque você ama aquilo que nunca viu”, lembrou Filipe, acrescentando que a esposa começou a chorar quando soube do diagnóstico, em participação no podcast Vidacast.
O médico explicou ao casal que o menino estava apenas com 25% de oxigenação no útero e que precisaria realizar um parto prematuro para salvá-lo, caso seu quadro não melhorasse em dois dias.
O casal voltou muito preocupado e triste. Em lágrimas, Filipe ligou para o seu pastor, Francisco de Assis, para conversar.
“Deus vai dar vida”
“Eu estava em oração. O Benjamin vai viver. O processo vai doer, mas Deus está falando que vai dar vida”, profetizou o pastor.
No mesmo dia, Giulianna voltou para o hospital para ser internada. Ao passar por novos exames, a equipe médica informou à mãe que não iriam poder esperar mais dois dias para fazer o parto, porque o estado do bebê era de emergência.
“Veio aquele baque, eu tremia de medo. Eu disse às enfermeiras para deixarem eu ligar para o meu marido antes. Mas, elas disseram: ‘Não dá tempo, mãe’. Foi uma correria, as enfermeiras correndo”, contou Giuliana.
“Na minha cabeça, eu falava: ‘Senhor, cuida de mim e do Ben. Eu sei que estás aqui. Pega na minha mão e me acalma”.
No auge da pandemia da Covid-19, o pai não pôde acompanhar o parto da esposa e ficou aguardando do lado de fora do hospital.
Benjamin nasceu abaixo do peso e medindo 40 cm. O bebê foi direto para a UTI neonatal e foi entubado.
Propósito de oração e jejum
Enquanto a mãe e o bebê permaneceram no hospital, o pai fez um propósito de jejum e oração. Durante quatro dias, ele não comeu nem bebeu, e ia em um monte orar por Benjamin.
“Eu dobrei os meus joelhos e o egoísmo foi quebrado. Eu orava por todas as crianças da UTI, entre elas o Ben”, afirmou Filipe.
No quarto dia de consagração, o pai estava indo embora do monte para visitar a mãe e o filho às 16 horas no hospital, mas teve uma forte dor na coluna e não conseguiu se levantar da oração.
“Eu comecei a chorar porque era o horário da visita. E eu comecei a ser envolvido pela graça de Deus. Nessa hora, o Senhor falou comigo: ‘Levanta-te, isso acontecerá para testemunho’”, disse Filipe.
Logo depois, algo sobrenatural aconteceu. “Veio uma energia, eu me coloquei de pé e abri a Bíblia em Lucas 21:13: ‘Levanta-te, isso acontecerá para testemunho’”, lembrou o pai.
Parada cardíaca
Então, ele se dirigiu para o hospital, crendo que um milagre aconteceria. Naquela mesma hora, enquanto o pai orava no monte, Benjamin sofreu uma parada cardíaca.
A equipe médica tentou reanimar o bebê, mas não teve sucesso. Assim que o médico se virou para pedir o desfibrilador, Benjamim voltou à vida sozinho, em um verdadeiro milagre.
Quando Filipe chegou ao hospital, foi informado sobre tudo o que havia acontecido e o médico lhe disse que não conseguia explicar como o bebê havia sobrevivido.
“Então eu vou te explicar. Que horas foi isso? Ele disse: ‘16h04’. Às 16h04 eu estava orando”, testemunhou o pai.