No dia 7 de dezembro, uma mulher foi morta e um homem sequestrado durante um ataque de terroristas islâmicos das “Forças Democráticas Aliadas” (ADF), em Kasese, Uganda.
A vítima foi identificada como Betty Biira, residente de Ngoko de 35 anos e as autoridades locais identificaram o homem que foi sequestrado como Aston Agaba, de 50 anos, que ainda não foi encontrado.
O sobrinho de Betty, John Masereka, de 13 anos, que estava com ela quando o ataque aconteceu, sobreviveu.
“Embora tenhamos perdido uma pessoa e não saibamos onde Aston está, agradecemos a Deus que o menino de 13 anos sobreviveu ao ataque depois de escapar das mãos dos extremistas, mas foi gravemente ferido com machados na testa e crânio”, disse Kayo Joseph, presidente da vila de Ngoko ao International Christian Concern (ICC).
O adolescente contou que os terroristas falavam outro idioma e mataram sua tia com machados e facões.
“Era um grupo de cerca de cinco homens que também exigia telefones e comida. Eles começaram a cortar minha tia. Depois de matá-la, eles vieram até mim. Em meu coração, eu estava orando a Jesus para me salvar. Sofri vários cortes, mas o Senhor me ajudou a fugir. Fui resgatado e levado ao hospital”, relembrou John.
Ataques na Uganda
Segundo o ICC, recentemente, uma emboscada da ADF no Parque Nacional Rainha Elizabeth, em Uganda, matou três turistas.
No dia 16 de junho de 2023, os terroristas atacaram uma escola no distrito de Kasese, matando 40 estudantes.
Nason Baluku, bispo da diocese anglicana de South Rwenzori, condenou o incidente e afirmou:
“Os ataques aos cristãos minam os alicerces de uma sociedade estável, uma vez que a fé é parte integrante das comunidades em que vivemos. As queixas equivalem à violação das liberdades humanas básicas de culto e associação”.
O bispo exortou à Igreja no oeste do Uganda a permanecer firme em oração e denunciar qualquer indivíduo ou grupo que demonstre ódio e discriminação religiosa.
A ADF
De acordo com o ICC, a ADF é um grupo islâmico localizado na República Democrática do Congo (RDC), considerado uma organização terrorista com o objetivo de expandir o Islã.
O grupo se tornou cada vez mais extremista em 2019, quando se uniu ao Estado Islâmico.
Em 2020, o líder da ADF, Musa Baluku, anunciou oficialmente a união.
Desde então, a ADF é reconhecida pelo extremismo islâmico, causando sofrimento aos cristãos na RDC, em Uganda e Moçambique.