A escritora Anne Graham-Lotz, filha do famoso evangelista Billy Graham, falou abertamente sobre a tremenda culpa que sentiu após a morte de seu marido e como Deus a ajudou a trilhar um caminho para finalmente se perdoar.
Em uma postagem bem sincera publicada em seu site, Lotz revelou que, após a morte de seu marido - o ex-jogador de basquete, Danny Lotz, falecido em 2015 - ela realmente passou a se culpar pelo ocorrido.
"Durante três anos, fui a cuidadora em tempo integral do meu marido. Adorei exercer essa função. Mas naquele dia, há dois anos - 17 de agosto de 2015 - eu percebi que ele estava sem reação em nossa piscina. Três dias depois, meu amado marido, com quem vivi 49 anos, Danny, foi ao céu. Bem diante dos meus olhos", lembrou a evangelista e escritora.
"E assim começou uma difícil jornada de perdão", continuou Lotz. "Se eu continuasse me culpando e me revoltando na culpa, eu sabia que eu entraria em uma espiral de amargura e ódio contra mim mesma. Eu realmente poderia sentir que algo me puxava para baixo naquele grande buraco negro, desde o momento em que encontrei Danny".
Anne Graham, que é fundadora dos Ministérios AnGel disse que sua jornada em direção ao perdão de si mesma começou com uma simples oração: "Deus, sinto muito. A morte de Danny é minha culpa. Eu não consegui obedecer sua missão que me foi dada para cuidar dele. Sinto muito".
Deus também usou enfermeiras, médicos e amigos para trazer conforto naquele momento de dor, disse Lotz.
"Eles me disseram que não havia evidências de que Danny tivesse se afogado ou tenha sofrido um ataque cardíaco", disse ela. "Parecia que ele simplesmente tinha ido dormir na água. Mas eu ainda estava sentindo muita culpa ... culpa ... e muitos 'e se' rondavam minha mente".
Um dia, Lotz disse que sentiu que Deus sussurrava em seu "coração quebrado, chateado e culpado".
"Anne, eu te perdoo", Ele parecia dizer. "O sangue de Jesus é suficiente para o perdão de todos e todos os pecados, incluindo sua negligência temporária de Danny e sua morte subsequente. Você disse que estava arrependida. Você me pediu para te perdoar. E assim eu fiz. Agora aceite meu perdão e o meu tempo. Eu o chamei para casa quando a vida dele já estava completa. Eu tinha contado os dias dele. Confie em mim e perdoe-se".
"Enquanto pensava nisso, entendi: se Deus diz que Ele me perdoa, o que eu deveria responder: 'Deus, muito obrigada, mas eu não posso me perdoar?'. Eu sou maior do que Deus? Os meus padrões de justiça são superiores aos Dele? Se ele me perdoa, eu realmente não tenho outra opção, senão aceitar o perdão Dele e me perdoar. Então assim eu fiz. Com humilde gratidão e ação de graças. E foi aí que a paz me inundou.
Mas somente quando Lotz conseguiu aceitar o perdão de Deus, ela conseguiu se perdoar e experimentar a verdadeira paz.
"Uma vez que contamos a Deus que nos sentimos arrependidos pelo nosso pecado, fracassos e aceitamos o perdão Dele, depois passamos a perdoar os outros - inclusive a nós mesmos - e este é um ato de adoração", afirmou. "É uma decisão que tomamos não só em obediência ao mandamento de Deus, mas também em resposta ao Seu próprio amor, graça e misericórdia estendidos a nós. Puro e simples. Como você pode ... ou eu ... aceitar o perdão de Deus e logo depois se atrever a não perdoar outra pessoa ou a si mesmo?".
Lotz encorajou outros que podem estar lutando contra a mágoa e a culpa - assim como ocorreu com ela - a clamar a Deus por perdão e depois começar liberando perdão, a começar por si mesmos.
"Por quê? Pelo simples motivo de que Deus te perdoou primeiro. E viver em Seu perdão é estar onde a paz pode ser encontrada", concluiu.