Hassan se considerava um perseguidor dos cristãos, pois desde criança estudava filosofias islâmicas para ser aceito pelo padrasto, um muçulmano radical.
“Às vezes falávamos sobre cristianismo na rua quando eu conhecia evangelistas. Mas, eu dizia: 'Deus não tem filho, é impossível, é blasfêmia’. Eu era um pouco como o apóstolo Paulo, o perseguidor dos cristãos. Eu os insultei'”, relembrou ele, em um vídeo do Christ is Enough Ministries.
Hassan nasceu no Líbano e sofreu violência doméstica por parte do pai alcoólatra, que traía e agredia sua mãe. Quando eles tiveram a chance de imigrar do país devastado pela guerra para o Canadá, a mãe esperava que o pai mudasse, porém, ele não mudou.
“Meu pai tentou matar minha mãe jogando-a do quarto andar. Ela sobreviveu porque se agarrou à janela. Mas houve muitos abusos”, disse Hassan.
A mãe ensinou Hassan sobre o islamismo, ela o levava à mesquita e lhe ensinava orações e o Alcorão.
Tempo depois, ela se envolveu com outro homem muçulmano radical: “Era outro nível, ele era muito radical e começou a maltratar meus irmãos e a mim também. Nós passamos por muitos danos emocionais, muitos traumas”.
Por isso, quando recebia dinheiro da mãe, Hassan comprava livros islâmicos para receber a aprovação do padrasto. Apesar de não ter funcionado, ele aprendeu muito sobre o Islã e se tornou um radical também.
Hassan evangelizando na rua. (Foto: Reprodução/YouTube/Christ is Enough Ministries)
‘O Messias’
No entanto, essa perspectiva mudou depois que ele presenciou um ataque extremista de um muçulmano que esfaqueou até a morte um homem em um restaurante, onde trabalhava: “Isso me fez questionar o islamismo”.
Uma noite, Hassan teve um sonho onde se via com as pernas paralisadas: "Eu me senti como se estivesse morto. Eu gritei. Eu implorei por ajuda. O desespero tomou conta de mim por dentro, porque eu sabia que estava indo para o inferno".
Segundo ele, sua alma saiu do corpo. Então, uma voz anunciou: “O Messias está chegando”.
Nesse momento, ele relatou que ficou apavorado, porque conforme aprendeu no islamismo, o Messias vem apenas para executar os ímpios.
“Eu não sabia nada sobre o cristianismo”, disse ele. De repente, ele ouviu passos se aproximando do corredor e uma luz iluminou seu quarto: “Senti um amor imensurável. Então, Ele [Jesus] me disse: ‘Levante e ande’”.
Até o momento, Hassan não sabia que era Jesus. Mas, Cristo colocou a mão em sua cabeça e declarou: “Filho, se você busca paz, encontrará paz em mim”.
A princípio, Hassan não entendeu o sonho. Seus amigos muçulmanos alegaram que se tratava de um “teste de Alá”. Ele até chegou a pensar que Deus queria que ele se tornasse judeu.
Dez anos depois, uma amiga o convidou para ir ao batismo dela em uma igreja. Ele não quis ir e discutiu com ela sobre isso, mas cedeu e, quando chegou na congregação, seus olhos espirituais foram abertos.
“Eu vi o amor Dele nas pessoas e eu não entendia. As pessoas me abraçaram e demonstraram amor. Havia até alguns ex-muçulmanos lá”, contou Hassan.
Hassan se tornou um pregador de rua. (Foto: Reprodução/YouTube/Christ is Enough Ministries)
Visão
Enquanto dirigia, ele teve uma visão de uma cruz: “Comecei a chorar. Pela primeira vez, senti esse amor de um pai que não estava presente na minha vida, esse Deus que me ama. Pela primeira vez, posso oferecer perdão para as pessoas e para mim mesmo”.
Na igreja, o pastor pregou sobre Mateus 11:28, que diz: “Vinde a mim, todos os que estais perdidos e cansados, e Eu vos aliviarei”.
Em seguida, o pastor perguntou: “Há alguém aqui que foi abusado, que passou por dor, que teve tendências suicidas, que passou por coisas extremamente aterrorizantes?”.
Naquele momento, Hassan saiu de seu lugar e foi até o altar, onde caiu de joelhos e gritou: “Jesus! Jesus! Jesus”.
Os cristãos se aproximaram, impuseram as mãos sobre ele e oraram. Ali, ele foi preenchido de paz e amor e recebeu o Senhor Jesus como seu Salvador.
Hoje, o pastor Hassan lidera a “Christ is Enough Ministries Church” em Montreal, no Canadá, com sua esposa. Nas ruas, ele realiza evangelismos, onde cita o Alcorão e os hadiz (registo escrito de comunicações orais do profeta do islã, Maomé), expondo os equivocos do islamismo.