Na manhã desta quinta-feira (19), a Data Nacional da Criação do Estado de Israel foi homenageada com uma solenidade, em uma sessão deliberativa da Câmara.
Deputados da bancada evangélica marcaram forte presença na sessão, com discursos que reconheceram a relevância de Israel no cenário internacional e também no comando da solenidade, dirigida pelo Dep. João Campos (PSDB - GO).
Além dos deputados Marco Feliciano (PSC - SP) e Sóstenes Cavalcante (PSD - RJ), pastor Roberto de Lucena (PV - SP) também participou da sessão deliberativa, classificando Israel como a "segunda pátria dos cristãos" e lembrando que recentes posicionamentos do governo federal com relação à nação homenageada também contribuíram para a instalação de uma crise espiritual ao Brasil.
“Israel é a segunda pátria de todos aqueles que se consideram cristãos. Aliás, é muito comum encontrarmos em muitos templos evangélicos do país, três bandeiras: a do Brasil, da denominação e de Israel", lembrou o parlamentar.
"A relação entre Brasil e Israel se dá desde o descobrimento do Brasil, em 1500. Um dos comandantes das caravelas de Pedro Álvares Cabral era judeu".
Crise
Em seu discurso, Lucena reconheceu que o momento que o Brasil vive não é fácil e tão falada crise está evidente nos setores político, sociale e até mesmo na área espiritual.
"Nós estamos em um momento de travessia no Brasil, colhendo ainda os resultados de uma crise de confiança estabelecida em decorrência da incoerência entre a prédica do discurso político e a prática, no trato com a coisa pública e o povo, identificada na escolha modelo superado de gestão pública, de máquina inchada, corrupção sistêmica e descaso para com o povo", destacou.
"É também uma crise formulada por componentes espirituais, pela quebra de princípios, pela relativização de valores, pelo derramamento de sangue de inocente de milhões de crianças abortadas nesse país e das centenas de crianças indígenas, mortas a cada ano, vítimas do silêncio desta casa e do governo federal. Mas também porque o Brasil, através de sua representação maior, virou as costas para Israel, desprezando as bênçãos advindas desta relação", disse o parlamentar se referindo à rejeição por parte de Dilma Rousseff à indicação de Dani Dayan como embaixador de Israel no Brasil.
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