Enquanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) define a dependência química como uma doença crônica, progressiva e fatal, o bispo Rogério Formigoni, da Igreja Universal do Reino de Deus, defende que o vício tem cura.
Durante uma participação no programa “Pânico no Rádio”, exibido pela Jovem Pan, Formigoni esclareceu por que as pessoas sentem tanta necessidade de usar drogas.
“O vício é a ausência de alguma coisa. Se você tem um vazio, uma angústia e não tem um Deus para te guiar, você vai recorrer à uma substância. A substância, seja ela qual for, passa a ser o seu senhor, você se torna escravo e vive em função dela”, explica.
Formigoni classifica o vício como “um problema estritamente espiritual”. “Se o vício fosse só a substância, então a ciência iria criar uma outra substância para neutralizar [seu efeito], como existe hoje a ibogaína, que é aplicada em uma injeção que custa de 8 a 10 mil reais e propõe tirar a vontade — o que é puro engano”, afirma.
Ele ainda usou o exemplo de uma pessoa viciada em jogos, que não consome nenhuma substância, mas apresenta os mesmos sintomas do dependente químico. “É a mesma voz que diz o seguinte: ‘É só hoje, depois você para. Só mais essa vez, depois você para’. E não consegue parar nunca. Aí fica a prova que o vício realmente é um espírito que domina a mente”, declara Formigoni.
Questionado sobre como seria esse espírito, o bispo esclarece: “Eu sou um espírito dentro desse corpo. Mas o Espírito de Deus só vai entrar na minha vida se eu der abertura. Deus não vai dominar a sua vida só porque Ele quer fazer isso. Deus só pode fazer isso se você permitir e se voltar para Ele”, esclarece.
“Agora, com o espírito do Diabo já é diferente, ele entra na sua vida simplesmente porque você está longe da luz. Essas trevas vão se aproximar de alguma maneira, seja através de uma doença incurável ou problema sentimental crônico. A Bíblia diz que não existe maldição sem causa. Se há um problema crônico, há um causador. Enquanto esse causador não for arrancado, ela vai continuar sofrendo”, indica.
Formigoni ainda esclareceu por que há uma dificuldade em ajudar usuários de drogas que vivem nas Cracolândias espalhadas pelo País. “Quando você tira o espírito do vício que domina a mente, a pessoa na hora começa a ter nojo daquilo que dominava a vida dela. Mas para você tirar a pessoa de lá e levar para a igreja, ela não está ali porque ela quer ir para a igreja”, afirma. “Quem está na Cracolândia quer só mais uma pedra, não quer ajuda, não quer a cura”.
Confira a entrevista completa: