A Sony Music reuniu ontem (09), na Igreja Batista da Lagoinha, em Niterói (RJ), parte de seu cast e da mídia gospel para realização da sexta edição do Encontro de Mídias e Treinamento Digital.
Durante toda a tarde mais de 50 artistas e jornalistas tiveram a oportunidade de se aprimorarem sobre as plataformas digitais e às mudanças na forma de consumir música. Deezer, Apple Music, Spotify e a equipe do departamento digital de marketing da Sony realizaram workshops sobre os avanços da distribuição digital, mostrando aos artistas a importância de produção de novos conteúdos e atualização constante.
Lincoln Baena, da Deezer apontou em sua palestra dados oficiais do crescimento do gospel. “Nosso balanço é extremamente positivo já que hoje nós somos o segundo gênero mais ouvido dentro da Deezer, que só perde para o sertanejo. Saímos de um 13º lugar há um ano para o segundo. É um crescimento absurdo. A gente tinha média de 4 mil ouvintes e hoje temos mais de 20 mil por dia”, apontou.
Para Nívia Silva, representante do seguimento pentecostal da gravadora, a nova realidade do mercado fonográfico é um desafio. “Os treinamentos nos ajudam, aprimoramos nosso ministério para conquistar um público, que antes nos ouviam pelas rádios e nas igrejas, e agora é preciso chamá-los para nos seguirem nas plataformas digitais. Tenho aprendido na gravadora que com esse novo formato todos os artistas voltaram para uma linha de partida, e quem se adaptar sairá na frente”, disse a artista.
A cantora Nívea Silva esteve presente no evento. (Foto: Diane Duque).
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Depois dos treinamentos Maurício Soares, diretor artístico da divisão gospel da Sony Music, apresentou os novos artistas contratados, como por exemplos: Séo Fernandes, Clóvis Pinho, Banda Resgate e Bálsamo, Aline Barros, Coral Kemuel, Diego Fernandes, Lucimare e Camila Holanda. Os diversos estilos musicais e dados sobre ao público evangélico no Brasil, premiações, homenagens e apresentações de artistas como Preto no Branco também fizeram parte do evento.
“Esse evento é uma tentativa da companhia de ajudar na capacitação dos artistas, oferecendo conhecimento desse momento digital, onde tem muita gente ainda que está procurando entender esse ambiente e a gente está aqui tentando explicar”, disse Maurício Soares que contou ao Portal Guiame que esse ano de 2017, apesar da crise que o país está passando, os resultados foram muito positivos e que a relação com a música no país está mudando.
“O maior problema com a música digital no seguimento gospel não é o público. Mas, foi basicamente as gravadoras que não entenderam e não se anteciparam na transição e os próprios artistas que motivados muito pela leniência das gravadoras, não entenderam a importância dessas mudanças”. Na opinião de Maurício o público é reativo aos formadores de opinião. “Se esses falam que o físico ainda tem vida longa, o público vai acreditar nisso. Então o maior problema que eu vejo no mercado gospel é que os formadores de opinião da área da música, não entenderam a transição do físico para o digital e não participaram”. Para ilustrar o executivo apontou dados para mostrar que é possível crescer em meio à crise com o digital. “Nesse ano de 2017 tivemos bom crescimento no faturamento, nos lançamentos e nas metas, tudo isso com uns três lançamentos no físico em meio a 200 nos digitais. E nossa meta para 2018 e continuar e reforçar esse processo de transição do digital”, finalizou Maurício.