A Petrobras e a dinamarquesa Novozymes comunicaram hoje a assinatura de um acordo para o desenvolvimento de uma nova rota para produção de biocombustíveis, a partir do bagaço da cana-de-açúcar. A tecnologia prevê que a utilização do material, somado à ação de enzimas, resulte na produção de etanol. O acordo abrange o desenvolvimento das enzimas e de processos de produção de etanol lignocelulósico, produzido do resíduo fibroso da produção de cana.
Esse é mais um passo dado pela Novozymes na direção do desenvolvimento de materiais a partir da cana-de-açúcar no Brasil.
Além da parceria com a Petrobras, a companhia europeia já assinou memorando de entendimento com a Dedini Indústrias de Base para avançar em pesquisas sobre o desenvolvimento de uma rota tecnológica para a produção de etanol no Brasil.
A Novozymes também já firmou parceria com a petroquímica brasileira Braskem em torno do desenvolvimento de tecnologias que permitam a produção de polipropileno (PP) a partir de fontes renováveis.
Em comunicado, Petrobras e Novozymes destacam que "o potencial comercial do etanol celulósico no Brasil é considerável, devido à grande quantidade de bagaço de cana disponível no país".
O Brasil é o maior produtor mundial de cana, com capacidade de extração de cerca de 600 milhões de toneladas por ano, atualmente produzindo 27 bilhões de litros (7 bilhões de galões) de etanol.