O Ministério da Educação distribuiu nas escolas públicas do país um livro que narra cenas de sexo e violência com frases como "arriou as calças dela, levantou a blusa e comeu ela duas vezes". Os exemplares serão utilizados por alunos com idade a partir de 15 anos, como foi divulgado pela Folha nesta quinta-feira ( íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL).
Esta não é a primeira polêmica envolvendo livros escolhidos para a utilização em escolas públicas. Neste mês, o governo de São Paulo foi criticado por distribuir livros com o conto do escritor Ignácio de Loyola Brandão, "Obscenidades para uma dona de casa".
A linguagem presente em obras que tratam de temas como sexo já costuma ser conhecida pelos adolescentes das escolas públicas, segundo a psicopedagoga e presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia, Quézia Bombonatto .
Entretanto, ela afirma neste podcast que é necessário ter mais cuidado na escolha do material didático. "Se nem a escola se propuser a dar um vocabulário mais culto, eu me pergunto onde eles vão conseguir isso depois."
Bombonatto ressalta que os professores devem mostrar a inadequação da linguagem nesse tipo de material, para que os estudantes não considerem ambiguidade quando eles próprios forem corrigidos.