Dilma Rousseff diz querer comparações entre governos na disputa com Aécio

Petista voltou a afirmar que governo do PSDB 'quebrou três vezes o país'. Dilma disse ter conversado com Marina pelo telefone nesta segunda.

Fonte: Globo.comAtualizado: terça-feira, 7 de outubro de 2014 às 11:34
A presidente Dilma Rousseff, em entrevista à imprensa no Palácio da Alvorada
A presidente Dilma Rousseff, em entrevista à imprensa no Palácio da Alvorada

Um dia após a realização do primeiro turno das eleições, a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição, afirmou nesta segunda (6) que, na disputa de segundo turno, vai fazer uma comparação entre os governos do PT e do PSDB, partido do adversário Aécio Neves. Dilma convidou jornalistas para uma entrevista no Palácio da Alvorada, residência oficial, em Brasília.

"Nós vamos ter mais uma vez no Brasil dois projetos se confrontando e esses dois projetos têm uma peculiaridade. Ambos têm práticas de governo que ocorreram. Não vamos comparar só programas, mas também governos muito concretos, que apresentaram propostas para o Brasil e tiveram tempo de fazer, ao contrário de quem nunca tinha governado o país antes", disse a petista.

Mais cedo, ela recebeu integrantes de sua campanha no palácio, para tratar da nova fase da disputa.

Na votação de primeiro turno, Dilma teve 43,2 milhões de votos (41,59%) e Aécio, 34,8 milhões (33,55%). A candidata do PSB, Marina Silva, que até a última sexta (3) aparecia em segundo lugar nas pesquisas, obteve 22,1 milhões de votos (21,32%).

Na própria entrevista, a presidente passou a citar números de escolas técnicas construídas em seu governo e no de Fernando Henrique Cardoso, entre 1995 e 2002. "Eles jamais colocaram os pobres no Orçamento. Todas as políticas sociais foram restritas, feitas para poucas pessoas. O Brasil tem 202 milhões de habitantes, então as políticas que fazem a diferença têm que ser compatíveis com esse número de habitantes", ressaltou.

Marina
A presidente também confirmou que recebeu um telefonema de Marina cumprimentando-a pelo desempenho na eleição. "Eu inclusive queria registrar que recebi telefonema extremamente gentil e civilizado da candidata Marina. Ela me cumprimentou pela eleição, agradeci o cumprimento e disse que tinha certeza que ambas lutávamos para melhorar o Brasil, em que pese nossas diferenças".

Indagada sobre se buscará o apoio de Marina Silva no segundo turno, Dilma disse considerar "uma temeridade" falar neste momento em apoio. "Eu acho que hoje seria uma temeridade qualquer fala a respeito de como serão os apoios no futuro. É óbvio que muitas vezes os apoios não dependem só de uma pessoa, e eles são decididos por várias instâncias. Nós temos certeza que uma parte dos votos vai se dividir entre eu e o candidato [Aécio Neves]", completou.

A presidente afirmou que retornará aos compromissos de campanha nesta terça e receberá, em Brasília, governadores e senadores de partidos aliados que foram eleitos no primeiro turno, candidatos que disputarão o segundo turno e conselheiros políticos para definir as estratégias para o segundo turno.

Dilma disse também que a reunião discutirá os estados em que ela fará atos de campanha. Segundo a candidata à reeleição, a tendência é começar pelo Nordeste, depois ir à região Sul, Minas Gerais e São Paulo, na sequência.

 
 

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