Eleições 2014

<p class="text"><img style="float: left;" src="http://thumbor.guiame.com.br/unsafe/smart/media.guiame.com.br/archives/2014/10/27/1834739293-.jpg" alt="" width="300" />Em I&ccedil;ara, no sul de Santa Catarina, uma urna quebrou durante a vota&ccedil;&atilde;o do primeiro turno&nbsp;e 287 votos foram perdidos. Por se sentir prejudicado, o&nbsp;deputado estadual D&oacute;ia Guglielmi (PSDB), que n&atilde;o se reelegeu por apenas 38 votos, recorreu &agrave; Justi&ccedil;a Eleitoral.&nbsp;No &uacute;ltimo dia 15, a ju&iacute;za B&aacute;rbara Thomaselli acatou o pedido. "Tudo leva a crer que a contagem de todos os votos modifique a situa&ccedil;&atilde;o de Guglielmi", disse. As informa&ccedil;&otilde;es s&atilde;o da Folha de S. Paulo.&nbsp;</p>
<p class="text">De acordo com o jornal, o deputado - que, com 4.489 votos,&nbsp;foi o mais votado na cidade -&nbsp;teve uma m&eacute;dia de exatos 38 votos nas outras tr&ecirc;s se&ccedil;&otilde;es da escola da urna que apresentou problemas -&nbsp;32, 40 e 42, respectivamente.&nbsp;Quem acabou eleito pela coliga&ccedil;&atilde;o foi o ex-deputado federal Dr. Vicente (PSDB), que teve apenas tr&ecirc;s votos no munic&iacute;pio.&nbsp;</p>
<p class="text">Ainda segundo a publica&ccedil;&atilde;o, ap&oacute;s o problema detectado na urna,&nbsp;t&eacute;cnicos&nbsp;transferiram a mem&oacute;ria&nbsp;para outras quatro urnas reservas, mas elas tamb&eacute;m n&atilde;o funcionaram. Os eleitores seguintes, ent&atilde;o, utilizaram c&eacute;dulas. Os 287 votos anteriores, no entanto, foram anulados.</p>
<p class="text">O Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina&nbsp;aprovou a realiza&ccedil;&atilde;o de uma audi&ecirc;ncia p&uacute;blica para a per&iacute;cia na urna e determinou que t&eacute;cnicos do TSE a acompanhem para tentar recuperar dados previamente criptografados.</p>
<p class="text">Segundo a Justi&ccedil;a Eleitoral, de 8.755 urnas trocadas no Brasil nessa elei&ccedil;&atilde;o, apenas nessa houve esse problema.</p>
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Em Santa Catarina, urna que quebrou pode mudar resultado da Eleição 

<p class="text"><img style="float: left;" src="http://thumbor.guiame.com.br/unsafe/smart/media.guiame.com.br/archives/2014/10/31/1473798865-.jpg" alt="" width="300" />O PSDB apresentou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um pedido de auditoria especial no sistema de vota&ccedil;&atilde;o, apura&ccedil;&atilde;o e contagem dos votos das elei&ccedil;&otilde;es deste ano. A solicita&ccedil;&atilde;o foi feita pelo deputado reeleito Carlos Sampaio (PSDB-SP), no final da tarde desta quinta-feira (30).&nbsp;</p>
<p class="text">Em nota oficial, divulgada no site do diret&oacute;rio estadual do partido em S&atilde;o Paulo, o PSDB afirma que possui "absoluta confian&ccedil;a de que o TSE cumpriu seu papel", mas diz que diversas "den&uacute;ncias sobre fatos ocorridos durante a vota&ccedil;&atilde;o" aconteceram no &uacute;ltimo dia 26 de outubro, data do segundo turno das elei&ccedil;&otilde;es.</p>
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<p class="text">"Com a introdu&ccedil;&atilde;o do voto eletr&ocirc;nico, as formas de fiscaliza&ccedil;&atilde;o, auditagem dos sistemas de capta&ccedil;&atilde;o dos votos e de totaliza&ccedil;&atilde;o t&ecirc;m se mostrado ineficientes para tranquilizar os eleitores quanto a n&atilde;o interven&ccedil;&atilde;o de terceiros nos sistemas informatizados", diz a nota.</p>
<p class="text">Segundo o deputado, o pedido "nada tem a ver com o pedido de recontagem ou questionamento do resultado" das elei&ccedil;&otilde;es, que deram a vit&oacute;ria para a candidata Dilma Rousseff (PT) na disputa pela Presid&ecirc;ncia da Rep&uacute;blica. "&Eacute; um pedido de auditoria no sistema, com o acompanhamento do TSE e de t&eacute;cnicos indicados pelos partidos, para evitar que esse sentimento de que houve fraude continue a ser alimentado nas redes sociais", afirma o deputado.</p>
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<p class="text">O pedido, segundo o partido, pretende manter a confian&ccedil;a dos cidad&atilde;os brasileiros em suas institui&ccedil;&otilde;es na democracia do Pa&iacute;s. "O que pretendemos com essa medida judicial &eacute; garantir que todo e qualquer cidad&atilde;o tamb&eacute;m possa ter a certeza de que nossos representantes pol&iacute;ticos s&atilde;o, de fato, aqueles que foram escolhidos pelo titular da soberania nacional: o povo brasileiro", diz a nota oficial.</p>
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<p class="text">O TSE ainda n&atilde;o se pronunciou sobre o pedido protocolado nesta quinta-feira.</p>
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Solicitação foi feita pelo deputado Carlos Sampaio, no final da tarde desta quinta-feira


PSDB pede ao TSE auditoria na apuração de votos da eleição

<p><img style="float: left;" src="http://thumbor.guiame.com.br/unsafe/smart/media.guiame.com.br/archives/2014/10/28/2013164638-.jpg" alt="" width="300" />A c&acirc;mera est&aacute; posicionada para a cadeira separada exclusivamente para a entrevistada no escrit&oacute;rio do Terra no centro do Rio. O fundo &eacute; branco, e, como uma boa diretora, ela logo sugere. &ldquo;Gente, estou de branco, vamos trocar o fundo, pode?&rdquo;. Assim &eacute; Clarissa Garotinho, a mulher e deputada federal mais votada do Brasil (335.061 votos), pelo Rio de Janeiro, e que, aos poucos, torna-se a nova representante do cl&atilde; Garotinho-PR na pol&iacute;tica fluminense. Ela sabe de sua import&acirc;ncia atual dentro do atual cen&aacute;rio pol&iacute;tico, de sua ascens&atilde;o e, claro, da sua imagem.</p>
<p class="text">Depois que aos 26 anos se elegeu vereadora pelo Rio, posteriormente deputada estadual e agora galgar&aacute; passos em Bras&iacute;lia dentro da bancada de 34 deputados eleitos pelo PR, ela n&atilde;o s&oacute; se firma como a renova&ccedil;&atilde;o da pol&iacute;tica imposta por seus pais (Anthony e Rosinha), como trilha o pr&oacute;prio caminho rumo a realizar um sonho. &ldquo;Eu sempre sonhei em ser prefeita do Rio de Janeiro&rdquo;, confessa, sem reafirmar com todas as letras se estar&aacute; no p&aacute;reo em 2016 &ndash; provavelmente ao lado de Marcelo Freixo (Psol), Rom&aacute;rio (PSB) e Pedro Paulo (PMDB), um dos nomes prov&aacute;veis a ser indicados por Eduardo Paes.</p>
<p class="text">&ldquo;O que existe de melhor &eacute; voc&ecirc; efetivamente realizar as coisas que voc&ecirc; acredita, tirar os projetos do papel. &Eacute; poder de maneira concreta mudar a vida das pessoas. Por isso eu sonho, sim, em um dia estar no executivo&rdquo;, revela ao Terra a deputada federal que, h&aacute; dois anos, confessa, cometeu o que considerou um equ&iacute;voco de estar na chapa de Rodrigo Maia (DEM) como candidata a vice-prefeita.</p>
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<p class="text">&ldquo;Eu queria muito ter disputado a &uacute;ltima elei&ccedil;&atilde;o. E queria muito ter disputado a elei&ccedil;&atilde;o porque eu fui planejando isso. Fui vereadora, deputada estadual, e sabia que aquela elei&ccedil;&atilde;o era muito dif&iacute;cil, mas nem toda elei&ccedil;&atilde;o voc&ecirc; disputa para ganhar. Voc&ecirc; disputa para se colocar&rdquo;, explica, meio que j&aacute; desenhando o seu pr&oacute;ximo objetivo eleitoral no pr&oacute;ximo pleito, em 2016.</p>
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<p class="text">Nesta entrevista exclusiva, Clarissa Garotinho conta sobre como imagina que ser&aacute; a sua vida agora passando tr&ecirc;s dias por semana em Bras&iacute;lia&nbsp;e comenta os seus principais projetos pelos quais brigar&aacute; no Congresso Nacional. Workholic confessa, diz que hoje mora com irm&atilde; num apartamento no bairro do Flamengo, que gosta de cozinhar receitas da internet e que, no momento, est&aacute; solteira, aos 32 anos.</p>
<p class="text">&ldquo;Eu tenho que estar com uma pessoa que tenha muita compreens&atilde;o de que minha vida pol&iacute;tica n&atilde;o &eacute; t&atilde;o simples&rdquo;, avisa ela, que sonha em ter, pelo menos, tr&ecirc;s filhos. &ldquo;Mas &eacute; claro que num relacionamento todo mundo tem que ceder&rdquo;, complementa. Confira abaixo os principais trechos da entrevista com a deputada federal eleita Clarissa Garotinho (PR).</p>
<p class="text"><strong>Voc&ecirc; foi a segunda deputada federal mais votada do Rio de Janeiro com 335 mil votos. A que se deve essa vota&ccedil;&atilde;o expressiva?</strong><br />Evidente que fico muito feliz com a vota&ccedil;&atilde;o que eu tive. Fui a segunda deputada mais votada do Rio e a mulher mais votada para deputada federal em todo o Brasil. Acho que alguns fatores explicam. O primeiro, evidente, &eacute; que o Garotinho disputava uma elei&ccedil;&atilde;o para o governo do Estado, e o eleitor que tinha uma identifica&ccedil;&atilde;o com muito forte com ele, tamb&eacute;m tinha comigo. Segundo &eacute; que eu j&aacute; tenho uma atua&ccedil;&atilde;o parlamentar, na C&acirc;mara dos Vereadores e na Assembleia Legislativa (Alerj). Ent&atilde;o, as pessoas puderam j&aacute; conhecer a Clarissa como pol&iacute;tica. E acho que isso contribuiu muito. Procurei fazer um mandato muito participativo. Eu criei um conselho popular que permitia ouvir a opini&atilde;o das pessoas antes das vota&ccedil;&otilde;es, para que as pessoas participassem. &Eacute; isso que as pessoas buscam. Defendi aquilo que achava que era certo, nunca me envergonhei de nenhuma vota&ccedil;&atilde;o, sempre votei naquilo que eu acreditava que era justo para a popula&ccedil;&atilde;o. E acho que as pessoas viram isso.</p>
<p class="text"><strong>Como voc&ecirc; imagina que vai ser a sua vida pol&iacute;tica em Bras&iacute;lia?</strong><br />Esse mandato vai ser bem diferente, porque a din&acirc;mica pol&iacute;tica em Bras&iacute;lia &eacute; totalmente diferente. Nosso partido elegeu 34 deputados federais, &eacute; a sexta bancada do Congresso. L&aacute; tem voto de lideran&ccedil;as, presid&ecirc;ncia de comiss&otilde;es, e tudo isso acaba influenciando muito o mandato parlamentar. S&atilde;o mais de 500 deputados, &eacute; diferente de quando voc&ecirc; est&aacute; no meio de 70 deputados e 50 vereadores. Ent&atilde;o, eu acho que o primeiro passo &eacute; conhecer os demais deputados, o que pensa essa bancada que se elegeu nova, estruturar uma lideran&ccedil;a, definir quem ser&atilde;o os representantes nas comiss&otilde;es e como vai ser nossa atua&ccedil;&atilde;o no plen&aacute;rio. Um novo desafio, mas eu estou preparada e animada. Eu gosto do que eu fa&ccedil;o. Fui vereadora, deputada estadual e estou satisfeita com os mandatos que eu desempenhei.</p>
<p class="text"><strong>Qual ser&aacute; o primeiro projeto a ser apresentado pela deputada federal Clarissa Garotinho?</strong><br />Olha, eu j&aacute; elaborei uns 10 projetos. Mas tem as bandeiras tradicionais da campanha. Estou propondo uma revis&atilde;o no estatuto do idoso, estou propondo a lei nacional do primeiro emprego, a exemplo do que eu fiz no Estado do Rio de Janeiro. Temos que defender os aposentados e reabrir esse debate. N&atilde;o &eacute; poss&iacute;vel que uma pessoa que passou a vida inteira trabalhando, contribuindo com o seu sal&aacute;rio, receba menos do que contribuiu a vida toda. &Eacute; um debate que precisamos tratar. H&aacute; quest&otilde;es na &aacute;rea de educa&ccedil;&atilde;o tamb&eacute;m, de que a crian&ccedil;a, quando nas&ccedil;a j&aacute; esteja matriculada. Isso acontece em outros pa&iacute;ses no mundo, e estou estudando esse projeto de relevante alcance social. Al&eacute;m de temas muito importantes para o estado do Rio de Janeiro, como os royalties do petr&oacute;leo que hoje est&aacute; no Supremo Tribunal Federal (STF).</p>
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A deputada federal mais votada do Brasil concedeu entrevista exclusiva ao Terra na qual revela seu sonho de exercer um cargo executivo, diz estar solteira e confessa ser workaholic. “Tenho que estar com uma pessoa que tenha muita compreensão”, afirma


Clarissa Garotinho diz que sonha ser prefeita do Rio de Janeiro 

<p><img style="float: left;" src="http://thumbor.guiame.com.br/unsafe/smart/media.guiame.com.br/archives/2014/10/27/3506205566-.jpg" alt="" width="300" />Reeleita para mais quatro anos de mandato, a presidente Dilma Rousseff ter&aacute; como uma de suas tarefas obrigat&oacute;rias no pr&oacute;ximo mandato a nomea&ccedil;&atilde;o de ministros para o Supremo Tribunal Federal, a mais alta corte do Judici&aacute;rio brasileiro. At&eacute; o fim de 2018, ela dever&aacute; indicar os substitutos do ministro Joaquim Barbosa, que se aposentou em julho, e de ao menos outros cinco que completar&atilde;o 70 anos entre novembro de 2015 e outubro de 2018 e ter&atilde;o de se aposentar compulsoriamente.</p>
<p>No per&iacute;odo do pr&oacute;ximo mandato, dever&atilde;o deixar a corte Celso de Mello (que completa 70 anos e se aposenta em novembro de 2015), Marco Aur&eacute;lio Mello (em julho de 2016), Ricardo Lewandowski (maio de 2018), Teori Zavascki (agosto de 2018) e Rosa Weber (outubro de 2018).</p>
<p>Qualquer outro ministro pode decidir sair antes, o que abriria vaga no STF. Atualmente, h&aacute; s&oacute; uma cadeira vazia, a de Joaquim Barbosa, que decidiu deixar o tribunal antecipadamente, antes de completar 70 anos. Dos atuais 10 ministros, 4 foram indicados por Dilma e 3 pelo ex-presidente Luiz In&aacute;cio Lula da Silva. At&eacute; o final de 2018, ser&atilde;o 10 ministros indicados por presidentes do PT; daqueles nomeados em governos anteriores, sobrar&aacute; apenas um, Gilmar Mendes, indicado por Fernando Henrique Cardoso (PSDB).</p>
<p>A indica&ccedil;&atilde;o dos ministros do STF &eacute; uma das atribui&ccedil;&otilde;es mais importantes do presidente, determinada pela Constitui&ccedil;&atilde;o. A indica&ccedil;&atilde;o sempre passa pela an&aacute;lise do Senado, que sabatina o indicado e tem poder para aprovar ou rejeitar o nome &ndash; na hist&oacute;ria recente, rejei&ccedil;&otilde;es nunca ocorreram; as &uacute;ltimas foram no governo de Floriano Peixoto (1891-1894).</p>
<p>A relev&acirc;ncia das pr&oacute;ximas indica&ccedil;&otilde;es, a partir do ano que vem, tamb&eacute;m pode ser estimada por alguns julgamentos previstos no STF que impactam fortemente as contas do pr&oacute;prio Executivo.</p>
<p>Estudioso das rela&ccedil;&otilde;es do STF com o Congresso, o cientista pol&iacute;tico Conrado H&uuml;bner Mendes, professor da Escola de Direito da Universidade de S&atilde;o Paulo (USP), diz que o processo de nomea&ccedil;&atilde;o "&eacute; necessariamente politizado", mas n&atilde;o significa que sejam partid&aacute;rias, como ocorre em cargos no Executivo.</p>
<p>"Os presidentes podem at&eacute; tentar buscar nomes que tenham entendimentos jur&iacute;dicos favor&aacute;veis ao governo, o que &eacute; leg&iacute;timo, mas acho que tamb&eacute;m j&aacute; perceberam que &eacute; ing&ecirc;nuo criar grandes expectativas em rela&ccedil;&atilde;o a como tais ministros se posicionar&atilde;o em casos espec&iacute;ficos", diz Mendes, que v&ecirc; "incont&aacute;veis exemplos" de ministros que votam contra os interesses dos governos que os nomearam.</p>
<p>Frequentador do Supremo h&aacute; mais de 50 anos e coautor de livros com v&aacute;rios ministros, o advogado Ives Gandra Martins concorda que, uma vez dentro da Corte, eles perdem qualquer "desejo de gratid&atilde;o" com aqueles que os nomearam e passam a tomar decis&otilde;es com base em suas convic&ccedil;&otilde;es jur&iacute;dicas.</p>
<p>Isso ocorre por dois motivos, segundo o jurista: os novatos acabam absorvendo a tradi&ccedil;&atilde;o de independ&ecirc;ncia do STF, ao mesmo tempo em que se veem obrigados a honrar seus curr&iacute;culos, em geral, bastante prestigiados no meio jur&iacute;dico.</p>
<div class="frase-materia componente_materia expandido">
<p>"Os ministros n&atilde;o s&atilde;o gratos a quem indicou, mas fieis a uma tradi&ccedil;&atilde;o do Supremo, de dar estabilidade &agrave;s institui&ccedil;&otilde;es. Quase todos que v&atilde;o para l&aacute; t&ecirc;m bel&iacute;ssimos curr&iacute;culos, s&atilde;o prisioneiros da obra que escreveram. Est&atilde;o no m&aacute;ximo que puderam atingir e n&atilde;o precisam de qualquer governo, de qualquer favor", diz o advogado, acrescentando que &eacute; o STF que julga os membros dos demais poderes.</p>
<p>Professor de Direito Constitucional e diretor da Escola de Direito da Funda&ccedil;&atilde;o Get&uacute;lio Vargas no Rio de Janeiro (FGV-Rio), Joaquim Falc&atilde;o tamb&eacute;m aponta uma atitude de independ&ecirc;ncia dos ministros, mas identifica diferentes perfis de juristas em temas controversos. Assim, considera "razo&aacute;vel" que o presidente eleito escolha aqueles mais identificados com suas ideias.</p>
<p>"Em mat&eacute;ria fiscal, tem aqueles que protegem o Tesouro Nacional, e aqueles que protegem o contribuinte e o mercado. Em mat&eacute;ria penal, tem os garantistas, que exageram em defesa do r&eacute;u, e outros mais voltados para a defesa do interesse p&uacute;blico", exemplifica.</p>
<p>"&Eacute; razo&aacute;vel que um presidente indique algu&eacute;m que n&atilde;o v&aacute; ser contra sua vis&atilde;o. Se o presidente &eacute; conservador, n&atilde;o vai indicar liberal ou de esquerda etc. Isso faz parte do jogo. O que n&atilde;o faz &eacute; indicar ministros com a probabilidade de votar casos espec&iacute;ficos a favor do governo ou de determinada tese", diz.</p>
<div class="frase-materia componente_materia expandido">
<p><strong>Escolha mais transparente</strong><br />Comum a todos os analistas consultados &eacute; a opini&atilde;o de que o processo de escolha deve ser mais transparente.</p>
<p>Ives Gandra, por exemplo, prop&otilde;e um modelo em que o presidente escolheria cada ministro a partir de uma lista com 18 nomes, indicados pelo pr&oacute;prio Judici&aacute;rio, Minist&eacute;rio P&uacute;blico, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A confirma&ccedil;&atilde;o, para ele, poderia ficar a cargo de uma comiss&atilde;o especial de senadores com melhor forma&ccedil;&atilde;o jur&iacute;dica.</p>
<p>"Haveria participa&ccedil;&atilde;o de todos os operadores de direito, sem que o presidente perdesse o poder de escolha. Se &eacute; evidente que o STF foi independente no passado e at&eacute; agora, n&atilde;o significa que no futuro vai ser. Pode haver politiza&ccedil;&atilde;o", diz o advogado, que enxerga uma tend&ecirc;ncia crescente do governo em regulamentar a vida social no pa&iacute;s.</p>
<p>Uma proposta mais recente e mais simples de ser implementada j&aacute; foi feita &agrave; pr&oacute;pria presidente Dilma Rousseff em julho deste ano pela Associa&ccedil;&atilde;o Ju&iacute;zes para a Democracia (AJD), entidade que re&uacute;ne magistrados e orientada ao aprimoramento do Judici&aacute;rio.</p>
<div class="saibamais componente_materia">
<div id="materia-letra" class="materia-conteudo entry-content">
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<p>Em of&iacute;cio enviado ao Planalto, a associa&ccedil;&atilde;o sugeriu um decreto que obrigasse o presidente a divulgar com anteced&ecirc;ncia o nome cogitado. Assim, ele poderia ter seu curr&iacute;culo, obra e pensamento escrutinados por universidades, &oacute;rg&atilde;os de classe e pela m&iacute;dia antes da sabatina no Senado.</p>
<p>O presidente do Conselho Executivo da AJD, o juiz de direito Andr&eacute; Augusto Salvador Bezerra, diz que a ideia &eacute; tornar p&uacute;blicas as conversas de bastidores que antecedem uma escolha.&nbsp;</p>
<p>"Isso n&atilde;o diminuiria o poder do chefe do Executivo, mas haveria um &ocirc;nus maior em determinada escolha. Se v&aacute;rias entidades sugerirem um nome e esse nome for ignorado ou se for escolhido o candidato criticado por v&aacute;rias delas, o presidente vai ter que assumir esse &ocirc;nus de explicar", explica o juiz.</p>
<p>Para Joaquim Falc&atilde;o (FGV-Rio), outra mudan&ccedil;a necess&aacute;ria na rela&ccedil;&atilde;o do Executivo com o Judici&aacute;rio est&aacute; relacionada &agrave; grande quantidade de recursos do governo em tramita&ccedil;&atilde;o nos tribunais, sobretudo quando sofre derrotas nas &aacute;reas fiscais, tribut&aacute;ria, previdenci&aacute;ria, regulat&oacute;ria e do funcionalismo.</p>
<p>"O governo usa [o Judici&aacute;rio] para n&atilde;o pagar. A Presid&ecirc;ncia poderia ter uma pol&iacute;tica de recursos judiciais que n&atilde;o inundem o Judici&aacute;rio e que diminua os custos da Justi&ccedil;a. Isso &eacute; desperd&iacute;cio de Or&ccedil;amento e &eacute; adiamento da justi&ccedil;a", avalia o jurista.</p>
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Além de cadeira de Joaquim Barbosa, outras cinco vagas abrirão até 2018.
Analistas não veem submissão, mas defendem escolha mais transparente.


Dilma Rousseff indicará pelo menos 6 nomes ao STF 

<div id="materia-letra" class="materia-conteudo entry-content">
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<p><img style="float: left;" src="http://thumbor.guiame.com.br/unsafe/smart/media.guiame.com.br/archives/2014/10/15/2953110713-.jpg" alt="" width="300" />A implanta&ccedil;&atilde;o da Linha 3 do metr&ocirc; e a expans&atilde;o da Linha 4 s&atilde;o projetos que o governador eleito, Luiz Fernando Pez&atilde;o (PMDB), pretende tirar do papel durante o seu primeiro mandato, como afirmou durante entrevista ao RJTV 1&ordf; edi&ccedil;&atilde;o nesta segunda-feira (27).</p>
<p>&ldquo;&Eacute; uma parceria p&uacute;blico-privada. &Eacute; a primeira vez que o governo federal coloca dinheiro numa linha de metr&ocirc; e a gente est&aacute; apresentando ao mercado para discuss&atilde;o a manifesta&ccedil;&atilde;o de interesse. Eu quero muito come&ccedil;ar essa obra ainda esse ano, mas claro que eu tenho que vencer as burocracias. Tem audi&ecirc;ncia p&uacute;blica e todo um rito que tem que ser seguido. Mas pode ter certeza de uma coisa, a &aacute;gua na Baixada e a Linha 3, o que eu me comprometer eu vou tirar do papel&rdquo;, afirmou o governador.</p>
<p>De acordo com Pez&atilde;o, ele pretende expandir a Linha 4, que deve ser inaugurada em 2016, da G&aacute;vea para a Carioca e da Barra para o Recreio. &ldquo;N&atilde;o s&oacute; Barra para o Recreio. Estamos licitando projetos da G&aacute;vea para o Carioca, que &eacute; super necess&aacute;rio. Eu estou apresentando agora e quero colocar tamb&eacute;m Uruguai ao M&eacute;ier, quero Est&aacute;cio-Pra&ccedil;a 15&rdquo;, afirmou Pez&atilde;o, destacando que Barra-Recreio e G&aacute;vea-Carioca deve conseguir concluir ainda em um primeiro mandato, mas que buscar&aacute; parcerias com a prefeitura do Rio.</p>
<p><strong>Governador quer resolver problema de falta d'&aacute;gua e saneamento na Baixada</strong><br />Com rela&ccedil;&atilde;o aos hospitais federais que est&atilde;o fora da rede e muitos n&atilde;o t&ecirc;m condi&ccedil;&otilde;es adequadas de atender a popula&ccedil;&atilde;o, mesmo com uma verba superior a que a secretaria de Sa&uacute;de possui, Pez&atilde;o afirmou que pretende conversar com o governo federal para resolver essa situa&ccedil;&atilde;o. &ldquo;Conversei permanentemente com a presidenta Dilma e com o ministro Kioro sobre os hospitais federais do Rio. A gente tem que colocar esses hospitais para funcionar melhor. Tem alguns que s&atilde;o refer&ecirc;ncia, que j&aacute; foram de excel&ecirc;ncia. A gente quer que volte a ser de excel&ecirc;ncia&rdquo;, afirmou Pez&atilde;o, ressaltando que pretende investir bastante na aten&ccedil;&atilde;o b&aacute;sica &agrave; sa&uacute;de.</p>
<p>O governador disse que para resolver o problema de falta de &aacute;gua e saneamento na Baixada Fluminense o mais r&aacute;pido poss&iacute;vel. Segundo ele, o governo do estado j&aacute; licitou a compra dos tubos necess&aacute;rio para iniciar as obras. &ldquo;Conseguimos a maior opera&ccedil;&atilde;o da hist&oacute;ria Cedae, com R$ 3,2 bilh&otilde;es e vamos entrar com contrapartida de R$ 400 milh&otilde;es, que totalizam R$ 3,6 bi. Vou levar a &aacute;gua a toda a Baixada Fluminense, fazer o complexo do Guandu 2. Eu acredito que em um ano e meio ou dois a gente j&aacute; esteja melhorando muito &aacute;gua da Baixada&rdquo;, se comprometeu Pez&atilde;o, ressaltando que a quest&atilde;o do esgoto &eacute; um pouco mais demorada e precisar&aacute; de parceria p&uacute;blico-privada.</p>
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