Nas eliminatórias dos 100m livre, com a autoridade de quem tem o recorde mundial da prova, Cesar Cielo passou sem sustos e avisou: Foi bom o suficiente. Agora é baixar uns dois, três décimos e garantir uma boa vaga na final. Não deu para baixar nem um décimo, mas foi suficiente de novo. Na manhã desta quarta-feira (noite na China), o brasileiro voltou a cair na piscina do Centro Esportivo Oriental e se garantiu na decisão. Na raia 5 da primeira bateria, foi e voltou em 48s34, quinto melhor tempo entre os semifinalistas. Não deu para competir com o jovem australiano James Magnussen e o americano Nathan Adrian, apontados pelo próprio Cielo como favoritos ao ouro.
Cesar Cielo olha o placar e confirma a passagem para a final dos 100m livre (Foto: Satiro Sodré / AGIF)
- Segurei um piano nas minhas costas. Está difícil nadar. Não dá para dizer que o meu final de preparação foi o ideal. Minha cabeça estava em outro lugar nas três últimas semanas. Meu físico está bom, mas não tem como recuperar tudo em um dia - afirmou Cielo.
Cielo nadou na primeira bateria da semifinal, espremido entre Magnussen e o americano Nathan Adrian. Virou a primeira metade da prova em segundo lugar, com Adrian à sua frente. Na reta final, contudo, os dois foram ultrapassados por Magnussen, que cravou o melhor tempo entre os 16 semifinalistas: 47s90. Adrian foi o segundo melhor, com 48s05, seguido pelo francês William Meynard (48s25) e pelo canadense Brett Hayden (48s30). Os outros três que avançaram à final são o holandês Sebastiaan Verschuren (48s41), o italiano Luca Dotto (48s44) e o francês Fabien Gilot (48s46).
Depois de três séries sem ver ninguém à sua frente nos 50m borboleta, quando dominou eliminatórias, semi e final, Cielo nadou atrás dos concorrentes pela primeira vez em Xangai. Nas preliminares, fez o quarto melhor tempo, 48s41. Na semi, voltou a ser superado pelos rivais, mas fez o bastante para avançar à disputa do ouro, marcada para esta quinta-feira, às 7h35m (de Brasília).