Corinthians recupera bom humor após semana tensa

Corinthians recupera bom humor após semana tensa

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:28

Ao invadirem o campo de treino, os jogadores corintianos chutam as bolas em todas as direções, acertam a si mesmos, as placas e até o gol.

Leia as últimas do Corinthians Veja mais sobre a Série A Em meio à algazarra, dividem-se aleatoriamente para formar dois times para o rachão. O técnico Tite só olha.

A cena é parte de treino em ritmo de pelada no CT do Corinthians, na sexta antes do jogo deste domingo com o Coritiba.

E mostra uma redução da tensão do início da semana passada, resultado da manutenção da liderança do Brasileiro, um alívio à má fase que se estendia por rodadas.

Mais relaxados, os jogadores também revelam o papel de cada um no elenco.

Eduardo Anizelli - 30.ago.11/Folhapress Tite observa o treino dos jogadores do Corinthians no CT Joaquim Grava A bagunça da divisão dos times dura até a intervenção do meia Alex. Ele organiza a distribuição final das camisas e conta os times para garantir igualdade dos lados.

Nem a bola rolando o faz abandonar sua faceta CDF. Em meio ao caos da pelada, dá instruções táticas ao time.

Longe da atitude de aluno de fundo de sala exibida pelo goleiro Júlio César. De atacante, não para de provocar ou incentivar colegas.

"Castán já está no sono", brinca com o zagueiro. "Dá moral para o Taubaté", diz ao pedir passes ao novato. Há um grito pedindo que ele pare de falar. Não adianta.

Como Taubaté, outros jovens viram os calouros do time, daqueles que, como em toda classe, são alvos das piadas dos mais velhos.

Ao falhar em cruzamento, o goleiro Renan ouve de todos: "Boa, Renan!". Seu colega Jorge Henrique alfineta: "Não tem braço?". Ele tenta se justificar, sem graça.

Willian é outro ainda em fase de tomar trotes. Chuta a gol forte, e a bola vai fora. "Ô, Mirandinha, passa a bola", reclama Morais, em uma alusão ao ex-atacante palmeirense da década de 80 conhecido pelo individualismo.

Com características opostas, Danilo e o capitão Chicão se comportam como aqueles veteranos que lideram a turma com poucas palavras.

"Não força, Ramon, que já tá bom", instrui o zagueiro ao ver o colega dar um pique. Danilo pede a um novato para não insistir em jogar na esquerda. É atendido.

Apelidos na pelada são poucos. Sobra um "carica" para Morais, em referência ao seu início no futebol do Rio --na verdade, é alagoano.

O único foco de tensão que resta ao final do rachão está fora de campo. É Tite, ainda incomodado com a pressão sofrida na última semana.

"Se eu tenho que sair, têm que sair primeiro os outros 19 [técnicos] que não são líderes", diz ele, com voz mais alta e com mãos inquietas.

Um tom bem diferente das gargalhadas de seus alunos.    

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