Os pais de Azaria foram inocentados de sua morte em 1988
A Justiça australiana abrirá um novo inquérito sobre a morte da bebê Azaria Chamberlain, há 30 anos, para tentar finalmente resolver a questão.
Os pais da criança, Lindy e Michael Chamberlain, foram condenados em 1982 pela morte da bebê de 10 semanas, mas estes sempre disseram que Azaria havia sido levada por um dingo, um cão selvagem australiano, enquanto acampavam no deserto.
A condenação foi suspensa três anos depois, quando, por acaso, foram descobertos fragmentos da roupa de Azaria em uma região cheia de tocas de cães selvagens.
Mas apesar de três inquéritos, duas apelações e um comitê real, ainda não houve uma decisão conclusiva sobre a causa da morte da bebê.
Provas
Michael Chamberlain diz que os cães já atacaram humanos outras vezes .
O pai de Azaria, Michael Chamberlain, tem pressionado pela realização de um inquérito e disse que há novas provas de ataques de cães selvagens a humanos, entre eles um que teria resultado na morte de uma criança de 9 anos, em 2001.
Os documentos legais já dizem que os Chamberlains são inocentes, mas eles querem que o certificado de morte da bebê diga que ela foi assassinada pelo animal.
"É justiça para Azaria. Seu espírito não pode descansar porque a verdade sobre como ela realmente morreu nunca veio à tona", disse Michael Chamberlain à rede ABC News.
O novo inquérito, segundo o pai da menina, também deveria investigar alegações de que as equipes forenses perderam provas e não seguiram os procedimentos corretos.
O caso serviu de inspiração para o filme Um Grito no Escuro, de 1988, com Meryl Streep e Sam Neill, além de ter sido tema de livros , de uma minissérie de TV e até de uma ópera. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.