O Congresso peruano suspendeu na segunda-feira (5) o vice-presidente Omar Chehade, acusado de corrupção, de suas funções como parlamentar, intensificando a pressão para que ele renuncie a ambos os cargos.
Chehade é um dos dois vice-presidentes peruanos, e também ocupa uma vaga no Congresso. Ele é acusado de pedir a um general da polícia que ajudasse seu irmão a retirar trabalhadores de uma cooperativa canavieira, de modo a facilitar os negócios com uma empresa que desejava adquirir a propriedade.
O vice-presidente e parlamentar Omar Chehade durante discurso no Congresso peruano, em novembro (Foto: Enrique Castro-Mendivil / Reuters) O político se diz inocente e resiste aos apelos do presidente Ollanta Humala para que renuncie - já que apenas o Congresso, e não Humala, tem poderes para cassá-lo.
Por ampla maioria (130 votos), o Congresso decidiu suspender Chehade por 120 dias.
Chehade já havia decidido tirar licença de algumas das suas funções enquanto se defende das acusações feitas pela procuradoria geral e por três CPIs.
Humala rompeu com seu vice e diz não ter "nenhuma relação com ele neste momento".