Confrontado com a crítica internacional sobre os casos de greve de fome de dissidentes cubanos, o presidente Raul Castro declarou no domingo, 4, que não irá ceder a chantagens e acusou os EUA e a Europa de lançar a mais feroz campanha midiática contra Cuba em décadas, segundo o canal de notícias CNN.
Em seu discurso na reunião anual da União da Juventude Comunista no domingo, Castro acusou os EUA e a Europa de "astear hipocritamente a bandeira dos direitos humanos". "Não aceitaremos chantagem, de nenhum país ou grupo de países, não importa o quão poderosos sejam" declarou Castro.
Os EUA e a Europa aumentaram a pressão sobre Cuba para libertação dos presos políticos e para a melhoria dos direitos humanos no país. O dissidente Orlando Zapata Tamayo morreu em seu cárcere em fevereiro após uma longa greve de fome. Guillermo Fariñas, outro opositor, começou uma greve de fome logo após a morte de Zapata como forma de pressionar o governo para libertar os presos políticos.
Segundo Raul Castro, Zapata e Fariñas são criminosos comuns a serviço de outros países que querem derrubar o regime cubano. De acordo com o governo da ilha, não há prisioneiros políticos no país e que dissidentes estão sendo pagos por governos inimigos para desestabilizar o país.