Em Nova York, milionária admite ter dado drogas a filho com transtorno em hotel

Criança de 8 anos morreu de overdose em 2010. Gigi Jordan confessou em julgamento, mas negou ação com violência.

Fonte: Globo.comAtualizado: quinta-feira, 9 de outubro de 2014 às 13:31
Foto de arquivo mostra Gigi Jordan, acusada de matar filho com problema de saúde em quarto de hotel de Nova York
Foto de arquivo mostra Gigi Jordan, acusada de matar filho com problema de saúde em quarto de hotel de Nova York

A multimilionária Gigi Jordan admitiu durante seu julgamento nesta quarta-feira (8) ter matado seu filho de 8 anos, mas negou ter forçado a criança a ingerir drogas, segundo o jornal "New York Daily News". Gigi é acusada de ter forçado a criança a engolir um coquetel tóxico de analgésicos e outras drogas em um quarto de um hotel de luxo em Manhattan em 2010.

Em fevereiro de 2010, Gigi e seu filho, Jude Mirra, foram encontrados em uma suíte de hotel de US$ 2.300 a diária. O menino estava morto por overdose e mais de 5.800 comprimidos estavam espalhados.

Durante seu depoimento nesta quarta, a mulher negou ter agido com violência para forçar a criança a ingerir as drogas, mas admitiu ter dado uma dose letal de drogas para o menino e ter também ingerido parte delas.

O menino tinha problemas de saúde – ele foi primeiramente considerado autista, mas depois recebeu diagnóstico de anormalidades no sistema imune, transtorno de estresse pós-traumático e outros problemas, de acordo com os documentos judiciais da acusada.

Gigi foi descrita pelos promotores como uma assassina calma e calculista, que envenenou seu filho único e, em seguida, quando o menino já estava morto, transferiu dinheiro de seu fundo.

Durante a audiência desta quarta, o advogado da acusada a questionou sobre o dia do crime. “Senhora Jordan, enquanto Jude estava em estado de coma, você subiu sobre ele, deu um soco em seu nariz, segurou seu rosto com força, abriu sua boca e forçou drogas líquidas em sua garganta?”, perguntou o advogado.

“Não, eu não fiz isso”, disse Gigi, que estava bastante emocionada e chorou durante seu depoimento.

Sua defesa diz que a empresária do ramo farmacêutico foi tomada pelo medo e desespero ao matar seu filho e tentar se matar.

Segundo sua defesa, Jordan acreditou que sua vida estava em risco por causa de um conflito financeiro, e que, sem ela, seu filho estaria vulnerável a um homem que ela diz que abusava dele. Nenhuma acusação de abuso foi registrada.

 

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