Em 5 de junho de 1989, uma imagem se tornaria uma das mais lembradas do século 20. Um jovem solitário e desarmado enfrentava uma fileira de tanques de guerra na Praça da Paz Celestial, ou Tian'anmen para os chineses.
Tudo começou com a morte do dirigente comunista reformista Hu Yaobang. Mais de 100 mil estudantes, trabalhadores e intelectuais se uniram em marchas pacíficas pelas ruas de Pequim. Além de liberdade e reformas democráticas, os manifestantes também protestavam contra a corrupção e a inflação resultante da abertura econômica.
A repressão foi a resposta do governo chinês, que chamou os pedidos do povo de conspiração revolucionária para derrubar o regime comunista. Na noite de 3 de junho, o exército foi enviado à Praça da Paz Celestial, resultando na morte de mais de 800 civis e deixando milhares de feridos.
Hoje, os turistas ocupam a praça, território cuidadosamente controlado. E os jovens que eram crianças em 1989, apenas lembram de um enorme desfile de estudantes e do medo de perderem seu refrigerante favorito no dia seguinte. Já o rapaz, que ficou conhecido como o rebelde desconhecido, ou o homem dos tanques, foi eleito pela revista Time como uma das pessoas mais influentes do século 20. Sua identidade e seu paradeiro são desconhecidos até hoje.