O principal hospital da cidade síria de Deraa recebeu os corpos de pelo menos 25 manifestantes que morreram em confrontos com forças de segurança, disse um autoridade hospitalar nesta quinta-feira (24).
"Recebemos eles às 17h (12h em Brasília). Todos têm buracos de balas", disse a autoridade à Reuters.
Segundo a BBC, forças de segurança sírias abriram fogo na tarde de quarta-feira contra centenas de pessoas que protestavam contra as mortes de manifestantes anti-governo em uma ação na madrugada na cidade de Deraa, no sul do país.
Segundo as testemunhas, a polícia também disparou contra pessoas que participavam dos funerais das seis pessoas mortas durante a tomada de uma mesquita controlada pelos opositores em uma operação na madrugada desta quarta-feira.
Um vídeo na internet exibiu imagens que seriam do ataque a manifestantes acampados em frente a uma mesquita em Deraa. Eles protestam há sete dias por reformas políticas no governo de Bashar al-Assad, que está há 11 anos no poder.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu uma 'investigação transparente' sobre os responsáveis pelas ações.
Os protestos contra o governo no sul do país, inspirados nas manifestações pró-democracia que vêm ocorrendo em outros países da região, são o maior desafio ao presidente Bashar al-Assad desde que ele assumiu o poder, sucedendo o próprio pai após sua morte.
A Síria é governada sob leis de emergência desde 1963.