SONDA ROSETTA
MISSÃO AMBICIOSA
- A sonda Rosetta, da Agência Espacial Europeia, quer estudar o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, que contém materiais restantes da formação do Sistema Solar, há 4,56 bilhões de anos. A pesquisa ajudará a entender a formação dos planetas e o surgimento da vida na Terra
- NOME: Menção à Pedra de Rosetta, fragmento do Egito Antigo com inscritos que ajudaram a compreender os hieróglifos
- PESO: 3 mil kg (o módulo Philae pesa 100 kg)
- CUSTO DA MISSÃO: R$ 4,45 bilhões
CALENDÁRIO DA MISSÃO
- 1° sobrevoo da Terra
- Sobrevoo de Marte
- 3° sobrevoo da Terra
- Entra no estágio de hibernação
- Desperta do estágio de hibernação
- Manobras de aproximação do cometa
- Liberação e pouso do módulo Philae
- Captação de dados enquanto cometa se aproxima do Sol
DESCENDO NO COMETA
A sonda Rosetta liberou omódulo Philae a 22,5 km de distância do núcleo do cometa
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MÓDULO PHILAE
- TAMANHO: 1 m x 1 m x 1 m
- PESO: 100 kg
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O COMETA:
67P/Churyumov-Gerasimenko - DESCOBERTA: 1969
- CARACTERÍSTICAS: Pertence à família de cometas do planeta Júpiter. Tem núcleo congelado desde a formação do Sistema Solar
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Experimentos:
- Depois do pouso, a Philae vai perfurar o cometa para colher amostras, que serão analisadas remotamente. O robô vai fotografar o cometa e medir o núcleo. Os dados vão para a sonda e serão rebatidos para a Terra.
Módulo Philae é Liberado
Módulo se prepara para o pouso
A DESCIDA
- Rosetta faz manobra de afastamento para receber dados do módulo
- Procedimento de pouso durou
cerca de 7h - Segundo a ESA, a sonda tocou o cometa às 14h03, hora de Brasília
- Módulo terá 64 h de bateria para colher amostras do solo, fotografar e enviar os dados aos cientistas. Philae está equipada para recarregar com a luz solar, mas isso vai depender do local do pouso
VEJA SIMULAÇÃO DO POUSO
Pela primeira vez, o homem conseguiu pousar um robô em um cometa, em uma missão que durou mais de dez anos e que tem o objetivo de estudar esse corpo celeste. Dados enviados pelo módulo Philae e rebatidos à Terra pela sonda Rosetta, responsável por levar o equipamento ao cometa, confirmaram no início da tarde desta quarta-feira (12) o feito inédito na ciência.
A Agência Espacial Europeia, ESA, recebeu a confirmação às 14h03 de que o módulo espacial Philae tocou o solo do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, uma massa imensa com superfície composta de gelo e poeira. "Estamos sentados na superfície. Estamos no cometa", disse Paolo Ferri, um dos líderes da missão Rosetta, depois de confirmar o funcionamento da transmissão do sinal.
A chegada ocorreu 28 minutos e 20 segundos antes, já que existe um intervalo entre a emissão do sinal da Rosetta e a recepção dele na Terra - tempo chamado pelos cientistas de "minutos de terror".
De acordo com a ESA, após análise da telemetria, verificou-se que o toque na superfície do cometa não aconteceu conforme o planejado, já que os arpões, que fixariam o módulo no cometa, não dispararam em um primeiro momento. Os pesquisadores analisam o que podem fazer para reverter o problema.
"Temos indicações de que os ganchos não foram ativados, o que significaria que estamos pousados em material solto e que não estamos presos ao solo", declarou Stephan Ulamec, responsável pela missão de aterrissagem do Philae. "Precisamos analisar a situação", acrescentou.
Qual o objetivo?
Compostos químicos, gases e muita poeira presentes no cometa podem conter respostas sobre a formação dos planetas do Sistema Solar. Além disso, apontariam aos cientistas uma direção para descobrir como a vida surgiu, no estágio em que a conhecemos.
Uma das teorias sobre o início da vida na Terra sugere que os primeiros ingredientes da chamada "sopa orgânica" vieram de um cometa, considerados alguns dos corpos celestes mais antigos do Sistema Solar.
Passo a passo
A separação do módulo, a 22 km do cometa, ocorreu às 7h03 de Brasília. O Philae levou cerca de sete horas para aterrissar. Ao longo desta manhã, os pesquisadores sediados em Darmstadt, na Alemanha, e em vários outros países da Europa que cooperam com a agência, acompanharam cada passo do processo de descida.
Depois da liberação da sonda, outras etapas importantes foram concluídas com sucesso. Entre elas, o reestabelecimento da comunicação entre a Terra e o robô, e o acionamento do trem de pouso do módulo. Imagens feitas pela Rosetta e pelo Philae foram divulgadas.
Nova etapa de exploração
Após a aterrisagem, uma nova etapa da missão Rosetta se inicia. Câmeras de alta resolução devem fornecer panorâmicas do ponto de pouso, chamado pelos cientistas de Agilkia, e dez outros equipamentos de pesquisa colherão dados sobre a estrutura interna do cometa.
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O módulo Philae vai perfurar o 67P/Churyumov-Gerasimenko para colher amostras, que serão analisadas remotamente. O robô vai ainda medir seu núcleo. Esses dados vão para a sonda e serão rebatidos para a Terra.
O robô terá 64 horas de bateria para fazer tudo isso. É possível recarregá-las, já que os cientistas da ESA instalaram equipamentos que permitem o recarregamento pela luz solar, mas isso vai depender da claridade existente na região da aterrisagem.
Veja a sequência de eventos registrada até agora (no horário de Brasília):
07:03. Separação da Philae a 22,5 km do núcleo. Começa a fase de descida e pouso.
07:43. A Rosetta executa uma manobra de afastamento.
08:00. O controle da missão recebe a imagem de "despedida" da Philae após se soltar da Rosetta.
09:03. A sonda Rosetta aponta para a Philae para poder receber seus dados.
14:03. Pouso da Philae
15:00. Divulgação das primeiras imagens.
15:03. Início das primeiras operações de ciência.