Tufão de com ventos de 275 km/h deixa 3 mortos nas Filipinas

Tufão de com ventos de 275 km/h deixa 3 mortos nas Filipinas

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:04
tufão
Ao menos três pessoas morreram e mais de 125 mil foram retiradas de suas casas na região central das Filipinas após a chegada do supertufão “Haiyan”, o mais forte do ano e provavelmente o mais potente da história, que ainda atinge o arquipélago, com rajadas de vento de até 275 km/h.
 
Haiyan se encontra sobre a ilha de Samar, 600 km a sudeste de Manila, depois de chegar em terra na cidade costeira de Guiuan, um porto pesqueiro com 40 mil pessoas e que pode ter sofrido danos catastróficos, segundo o meteorologista americano Jeff Masters.
 
A força dos ventos converte Haiyan, de categoria 5, a mais alta, num dos ciclones mais violentos do mundo e que poderia ser o mais potente a tocar em terra em toda a história, segundo Masters.
Duas pessoas morreram eletrocutadas, atingidas pela rede elétrica derrubada pelos fortes ventos. Outra pessoa morreu golpeada por um poste, arrancado pelo tufão. As informações foram veiculadas pelo Conselho Nacional de Gestão e Redução de Desastres.
Outras sete pessoas se feriram, a maior parte atingidas por objetos levados velos ventos, informou Reynaldo Balido, porta-voz do organismo filipino.
 
População afetada
O governo informou que cerca de 125 mil pessoas de 22 províncias foram alojadas em 109 centros de emergência.
Segundo o último balanço das autoridades, 700 mil pessoas foram afetadas no centro do país, onde as tempestades que acompanham o fenômeno causaram cortes elétricos, cancelamento de voos, fechamento dos aeroportos e, inclusive, a suspensão das aulas em inúmeros colégios.
 
O supertufão Haiyan atingiu o solo das Filipinas na madrugada desta sexta-feira (8) - hora local. A tempestade mais poderosa do planeta neste ano começou a atingir o continente entre as ilhas centrais filipinas de Samar e Leyte, informou o serviço meteorológico do estado.
 
O tufão tocou o solo com rajadas de 275 km/h. A tempestade colocou todo o país em alerta máximo.
A tempestade é tão grande em diâmetro que as nuvens já estão afetando dois terços do pais e se estendem por 1.850 km, informou a CNN.
O tufão não passará por Manila, mas a capital das Filipinas poderá sentir seus efeitos.
 
A Philippine Airlines, a Cebu Pacific e outras companhias aérea anunciaram a suspensão de centenas de voos, em sua maioria domésticos, mas também de alguns internacionais.
Cerca de 16 milhões de pessoas, entre elas 12 milhões nas Filipinas, se encontram na trajetória do tufão. O ciclone atravessará o Laos e o Vietnã no domingo.
Autoridades das Filipinas já haviam interrompido os transportes em mar e ar nesta quinta-feira (7), e pediram às embarcações pesqueiras para retornar aos portos devido à proximidade do supertufão.
O presidente filipino, Benigno Aquino, também apelou aos cidadãos para que deixassem as zonas de risco. "Estou pedindo pela cooperação e um trabalho em equipe da comunidade", disse em rede nacional de TV e rádio.
 
Aquino disse que 100 áreas costeiras estão sob ameaça da tempestade, com ondas maiores do que 5 ou 6 metros, e ordenou a ação de autoridades locais para limitar o dano e a perda de vidas.
Milhares de moradores foram retirados do litoral, margens de rios e encostas das montanhas para locais seguros, enquanto veículos militares de transporte estão de prontidão.
Ventos e chuva forte castigam áreas no caminho da tempestade, e o gabinete meteorológico do país elevou os níveis de alerta em 22 regiões centrais das Filipinas.
 
Cerca de 10 milhões de pessoas podem ser afetadas pela tormenta, disseram agências internacionais de ajuda humanitária que preparam para agir em sequência à tempestade. "O impacto humanitário do Haiyan ameaça ser colossal, não somente em áreas diretamente em sua trajetória, mas também em ilhas próximas como a de Bohol", disse Patrick Fuller, membro do Comitê Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho.
O governo ressaltou que tem três aviões de carga C-130 prontos para atender a população, assim como 32 aviões e helicópteros da Força Aérea, disse o presidente. Funcionários também deslocaram suprimentos nas áreas que deverão ser atingidas, completou Aquino.
 

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