O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, disse na noite desta quinta (9) que não vai renunciar ao seu mandato de presidente. Por um comunicado, ele atacou o governo golpista de Roberto Micheletti, que impôs esta condição para lhe conceder uma autorização para deixar o país e seguir para o exílio no México. Além desse país, a República Dominicana também lhe ofereceu abrigo.
Zelaya diz por meio de nota que ''a ditadura (de Micheletti) utiliza a extorsão e a chantagem'' para que ele renuncie ''em troca de um salvo-conduto''.
O comunicado diz que ''a ditadura mais uma vez bloqueia a possibilidade para os hondurenhos recuperar a paz e a democracia''. Zelaya rejeita assinar qualquer carta de renúncia e mantém sua posição de ''suportar as condições de isolamento''.
Na madrugada desta quinta-feira, Zelaya anunciou que seguiria ao México. Um avião do governo mexicano foi a Honduras para buscar o presidente deposto em um golpe de Estado em 28 de junho. Mas as autoridades golpistas não permitiram o pouso da aeronave, argumentando que Zelaya teria de ser recebido na condição de asilado (para tanto, precisaria renunciar à Presidência de Honduras).
Zelaya disse também que o presidente da República Dominicana, Leonel Fernandez, ofereceu o mesmo abrigo, que ele teve de rejeitar pela mesma razão.