Além de alterar a vida das pessoas, as mudanças bruscas de temperatura no inverno também mudam a rotina do Zoológico de São Paulo, na Zona Sul da cidade. Com o frio, os animais precisam comer mais para se manter aquecidos e evitar as doenças. Além disso, alguns moradores ganham mimos, como camas especiais e até cobertores.
Uma alternativa para o mico leão manter o corpo bem aquecido é ficar agarrado com outro exemplar da espécie. O grupo dos répteis recebeu cuidados especiais para enfrentar a estação. A casa das serpentes gigantes sofreu adaptações. A luz aquece a toca e as cobras nem sentem a mudança do tempo. A temperatura mantida em 26ºC deixa a sucuri verde bem à vontade.
Entre as araras, o clima é de aconchego. A energia delas vem de alimentos ricos em óleo, como as sementes e o coco. "Se não for fornecida esse tipo de alimentação mais gordurosa no inverno, o animal não vai comer tanto. Ele não comendo tanto ele vai perder peso, e pode adquirir algumas doenças, pode ficar com o comportamento mais limitado, e a gente não quer isso aqui dentro do zoológico", explicou a zootecnista Bianca Dognini.
Entre os moradores do zoológico, os orangotangos são os campeões da preguiça. Sansão, por exemplo, é cercado de mimos. Ganhou até cobertor. "Há algum tempo percebeu-se que o Sansão gostava de um calorzinho a mais, de ter alguns paninhos por perto. Semanalmente ele recebe esse cobertor para ter esse calor a mais", contou Bianca.
Cerca de 3,2 mil animais de mais de 400 espécies vivem no Zoológico de São Paulo, o maior do país. Lá, também estão os maiores predadores brasileiros: as onças pintadas. A casa delas mudou de visual agora, elas têm camas de feno, um tipo de capim seco, para espantar o frio.
No inverno, os cisnes nem querem saber do lago. A água só atrai uma espécie: os pinguins, que já nasceram preparados para enfrentar a estação mais gelada do ano.
O Zoológico de São Paulo fica na Avenida Miguel Estefano, 4.241. Funciona de terça a domingo, das 9h às 17h. O ingresso custa R$14,00.