Os veículos são responsáveis por 90% da poluição e as motos chegam a poluir sete vezes mais que um carro. Na capital, são 200 mil motos registradas só no Sindicato dos Motoboys. Por isso, algumas pessoas encontraram uma forma alternativa e saudável de fazer entregas: o bikeboy. Hoje, já são mais de 2 mil ciclistas que trabalham no serviço de delivery. Cada um pedala até 80 km por dia.
A alternativa é ótima para curtas distâncias, mas a bicicleta perde terreno quando as distâncias são maiores e há urgência na entrega. Contudo, a contratação de um ciclista leva em conta também a preocupação ambiental. Além disso, os bikeboys custam para a empresa, em média, 10% menos que os motoboys. Outra vantagem é que é mais fácil estacionar. Nos congestionamentos, ao contrário das motos, eles podem circular entre os carros.
Fabrício leva papéis, documentos e encomendas da empresa de tecnologia onde trabalha até os clientes. Tudo de bicicleta. O trajeto geralmente é curto, mas é repetido varias vezes por dia. O bikeboy carrega, no máximo, 5 kg. Disposição, acima de tudo. Gostar do que faz, ter responsabilidade com o serviço, diz.
Ele faz entregas em vários lugares e, às vezes, chega mais rápido que um colega motorizado. A gente teve uma entrega de contrato em papel físico na Berrini. O biker economizou 15 minutos, diz a diretora administrativa Vitoria Hoffmann.