Pastora e psicóloga, coach, especialista em Educação, autora dos livros Na intimidade há cura, Viva sem compulsão e A equação do amor. Foi gestora do Núcleo Assistencial Heliópolis, onde implantou diversos programas educativos.
Toda vez que você age ou pensa ser superior ao outro, está sob influência do ego. É ele quem gera essa certeza de estar ao lado da verdade – uma verdade exclusiva. E quantos equívocos surgem por causa disso!
Nas relações humanas, o ego costuma agir nos bastidores, de forma sutil, mas influenciando nossas atitudes e pensamentos sem que a gente perceba.
Você sabia que uma das formas mais perigosas da ação do ego é nos fazer acreditar que somos melhores que os outros e que só nós temos acesso à verdade?
E o pior: nós acreditamos nesse engano! (risos) Quando isso acontece, estamos sendo guiados por um ego que disfarça arrogância de convicção.
Mas o que é o ego? Podemos dizer que é como uma voz interior que tenta proteger nossa imagem e nos faz acreditar que estamos sempre certos. Ele cria uma ideia sobre quem somos – muitas vezes exagerada – e nos leva a buscar aprovação, controle ou destaque, mesmo sem perceber.
Uma das consequências ruins, é que quando deixamos o ego comandar, podemos ficar fechados para aprender, ouvir os outros ou reconhecer nossas falhas. Afinal, acreditamos estar sempre certo, não é?
Às vezes ele se disfarça de segurança, mas, no fundo, é medo: medo de parecer fraco, de estar errado, de não ser suficiente. É como um filtro que distorce a forma como vemos os outros – nos colocando acima ou abaixo, nunca lado a lado.
Deepak Chopra, um médico indiano que vive nos Estados Unidos, diz o seguinte: “O Ego, no entanto, não é quem você realmente é. O ego é a sua autoimagem; é a sua máscara social; é o papel que você desempenha. Sua máscara social prospera com aprovação. Ela quer controle e se sustenta com poder, porque vive no medo.”
Ele diz claramente que essa “máscara social” busca aprovação, controle e poder porque, no fundo, tem medo: medo de rejeição, de vulnerabilidade, de não ser suficiente.
Creio que o pior são os equívocos que surgem quando damos ouvido ao nosso ego. O problema é que, quando damos muita atenção ao ego, acabamos caindo em enganos que nos fazem pensar que somos melhores que os outros. Com isso, agimos por impulso, julgamos com dureza e deixamos de ouvir opiniões diferentes. Esses enganos atrapalham nossa visão da realidade e ainda criam distância e desconfiança entre as pessoas.
E o mais complicado ainda, na minha visão, diz respeito à nossa vida espiritual. Por quê? Porque espiritualmente, o ego é o oposto da entrega. Ele nos afasta da humildade, da escuta, da graça.
Assim sendo, quem cultiva o ego age de forma oposta à de Jesus, que nos convida a um caminho diferente – não de autodefesa constante, mas de confiança no Pai, de serviço, de verdade vivida com amor.
Quando deixamos o ego no banco de trás e damos espaço para a simplicidade do Espírito, nossas relações mudam, nossas escolhas mudam… nós mudamos. E para melhor. Para mais parecidos com Jesus.
O Pai ama você!
Darci Lourenção (@pra_darci_lourencao) é psicóloga, pastora, coach, escritora e conferencista. Foi Deã e Professora de Aconselhamento Cristão. Autora dos livros “Na intimidade há cura”, “A equação do amor”, “Viva sem compulsão” e “Devocional Minha Família no Altar”.
* O conteúdo do texto acima é de colaboração voluntária, seu teor é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.
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