Homossexual reconhece suspeitos de agressão na região da Av. Paulista

Homossexual reconhece suspeitos de agressão na região da Av. Paulista

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:24

Vítima mostra exame de fratura na perna após

agressão (Foto: Roney Domingos/ G1 )

  O analista fiscal Marcos Paulo Villa, de 32 anos, disse na tarde desta segunda-feira (10) que reconheceu os dois suspeitos da agressão ocorrida na região da Avenida Paulista na madrugada do dia 1º de outubro. Ele esteve na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) e afirmou não ter dúvidas sobre os agressores. “Fiz o reconhecimento, são eles mesmo, as fotos estão bem nítidas.”

A Polícia Civil identificou nesta sexta-feira (7) os dois homens suspeitos de agredir Villa e o companheiro dele, um coordenador financeiro de 30 anos. “Eu quero dar os parabéns para a polícia, que conseguiu identificá-los rapidamente.  Agora depende da Justiça continuar com o caso. E que sejam criadas leis para se evitar esse tipo de crime”, pediu.   Villa teve escoriações na nuca. O coordenador quebrou a perna direita na confusão e está internado num hospital com traumatismo craniano. Segundo o analista fiscal, ele deve receber alta nesta segunda-feira. “Agora é olhar para frente, cuidar do meu parceiro e cuidar de mim”, disse. Ele não quis revelar os nomes dos dois suspeitos “por respeito às famílias deles”.

Segundo a polícia, a briga entre os estudantes e o casal gay ocorreu na esquina das ruas Bela Cintra e Fernando de Albuquerque após todos os envolvidos deixarem o Sonique Bar. Antes, os suspeitos tentaram paquerar duas amigas do casal gay, mas não foram correspondidos. Ao deixarem o local, as vítimas teriam dito que foram ofendidas pelos estudantes por palavras homofóbicas.

Amigos homossexuais

Um dos dois suspeitos da agressão negou nesta segunda-feira (10) que a briga tenha sido motivada por homofobia. “Não sou homofóbico, tenho amigos homossexuais”, disse. Ele aceitou falar com o G1 sob a condição de que seu nome não fosse divulgado. “Tenho sim [amigos gays], tenho na minha faculdade e próximo a minha casa. Sempre frequentei baladas GLS [Gays, Lésbicas e Simpatizantes]”, afirmou o universitário.

Pela versão do jovem , ele estava conversando com a amiga dos gays quando o coordenador chegou e beijou a mulher, como se ela estivesse acompanhada. Villa nega o beijo e também diz que nenhum deles agrediu os dois suspeitos. O analista disse se sentir incomodado com o fato de os agressores continuarem em liberdade.          

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