
No Campo de Marte, na Zona Norte, os perueiros também realizaram uma outra concentração. Por volta das 8h30, eles já se aproximavam da sede da Prefeitura, de acordo com a CET.
O protesto é promovido pela Associação Regional de Transporte Escolar do Estado de São Paulo (Artesul) e pelo Sindicato dos Transportadores Escolares de São Paulo (Sinetes). Eles reivindicam um aumento na remuneração pelo transporte de cada criança transportada e o reequilíbrio dos contratos. A categoria afirma estar sem aumento há oito anos. Segundo eles, o serviço está sendo acordado através de contratos emergenciais e querem uma solução definitiva.
Segundo Carlos Eduardo Monezi, da Artesul, os perueiros recebem menos de R$ 1 por dia por criança transportada. Ele afirma que as margens de lucro da categoria estão cada vez menores e cobra um novo reajuste, além do fim dos contratos emergenciais. Segundo Monezi, o protesto desta quinta-feira é um alerta.
Em maio, após o primeiro protesto da categoria, a Prefeitura de São Paulo concedeu um reajuste médio de 15% aos perueiros. Em nota, a administração municipal informou nesta manhã que trabalha numa nova proposta de reorganização do serviço a ser implantada a partir do inicio do próximo ano.
"Desde o início deste ano uma comissão formada por representantes do setor e por técnicos das secretarias de Transporte e Educação vem trabalhando para aperfeiçoar a prestação desse importante serviço e garantir a necessária qualidade e segurança das 71 mil crianças que dependem desse tipo de transporte para frequentar as escolas", diz a nota.
Os perueiros querem uma nova reunião com o prefeito. Segundo Monezi, em maio, Haddad havia prometido um novo encontro com a categoria para voltar a discutir reajustes e contratos.