Nem chefiava tráfico de drogas na Rocinha havia dez anos, diz polícia

Nem chefiava tráfico de drogas na Rocinha havia dez anos, diz polícia

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:21

Preso na madrugada desta quinta-feira (10), Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, chefiava o tráfico na Rocinha, na Zona Sul do Rio de Janeiro, havia dez anos, de acordo com a polícia. Em várias ocasiões, conseguiu escapar de cercos policiais, muitas vezes com a ajuda dos próprios policiais.

Segundo informações da Polícia Civil, Nem chefiava um grupo de pelo menos 200 homens armados. A quadrilha vendia cerca de 200 kg de cocaína por semana. E Nem tinha uma vida de luxo na favela . A casa que ele morava tinha equipamentos sofisticados, salão de festas, academia de ginástica e terraço com vista privilegiada da comunidade.

A violência da quadrilha de Nem ficou conhecida em todo Brasil em agosto do ano passado, quando criminosos da Rocinha invadiram o Hotel Intercontinental, em São Conrado. Houve troca de tiros e 35 pessoas foram feitas reféns. Dez criminosos foram presos.

Em abril deste ano, a polícia apreendeu três toneladas de maconha. De acordo com a polícia, Nem usaria cinco empresas para lavar o dinheiro do crime.

Segundo a polícia, Nem também é um dos suspeitos de matar uma modelo e a amiga dela, em maio deste ano. De acordo com os investigadores, o sumiço de uma carga de haxixe teria sido o motivo da morte das jovens. As investigações apontaram que as duas tinham envolvimento com o tráfico.

Em janeiro do ano passado, Nem tentou simular a própria morte. Segundo a polícia, o gerente de uma funerária preparou o pedido de enterro. A declaração de óbito foi assinada por um médico, que sem ver nenhum corpo, atestou que Nem teria morrido de insuficiência renal e diabetes. Mas a polícia descobriu a farsa. E o médico, na época, foi preso por falsidade ideológica e associação ao tráfico.

Também no início do ano passado, o então atacante do Flamengo Vagner Love foi a um baile da Rocinha comemorar uma vitória no Campeonato Carioca. A festa foi na quadra da Rocinha, onde traficantes da quadrilha de Nem desfilavam com vários fuzis e faziam a segurança do jogador.          

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