Subiu para cinco o número de cidades da Região Serrana com registro de mortes após as chuvas. Ao todo, já são 520 mortos, segundo as prefeituras e o Corpo de Bombeiros de Itaipava.
Segundo os últimos levantamentos, seriam 232 mortos em Friburgo, 228 em Teresópolis, 19 em Sumidouro, 39 em Petrópolis e 2 em São José do Vale do Rio Preto.
Já a Polícia Civil informou que quatro corpos foram resgatados em São José do Vale do Rio Preto.
Dados da prefeitura e dos bombeiros
Já a prefeitura das cidades e o Corpo de Bombeiros têm um número maior, com 520 mortos. Seriam 232 em Friburgo, 228 em Teresópolis, 19 em Sumidouro, 39 em Petrópolis e 2 em São José do Vale do Rio Preto.
Nesta manhã, 225 homens da Força Nacional de Segurança chegaram à Região Serrana do Rio de Janeiro. Eles vão auxiliar nas buscas por vítimas e na manutenção da ordem pública nas áreas atingidas pelos temporais no estado, principalmente em Teresópolis.
Estradas voltam a ser interditadas na Região Serrana . Na RJ-116, o tráfego voltou a ser fechado no Km 92, devido a uma queda de barreira no Vale do Tainá, em Nova Friburgo. A BR-495, que liga Petrópolis a Teresópolis, está interditada no Km 20, em Itaipava. Uma ponte caiu no Km 102 e o tráfego segue no sistema pare e siga nos Kms 75 e 74.
Tumultos e saques
Teresópolis registrou nesta sexta-feira casos de saques . De acordo com informações da assessoria de comunicação da prefeitura, foram registrados nesta manhã dois assaltos a lojas do Centro, próximas à Calçada da Fama, a mais importante área de comércio da cidade. Comerciantes chegaram a fechar as portas.
O prefeito de Teresópolis, Jorge Mário Sedlacek, anunciou nesta sexta-feira que a reconstrução da cidade custará mais de R$ 500 milhões . Na cidade, há 1200 desabrigados e 1300 desalojados.
Em Nova Friburgo, a queda de uma caixa d'água assustou os moradores. Em pânico, boa parte da população chegou a pensar que uma represa havia rompido . Muitas pessoas correram desesperados pela cidade.
Mais um Hospital de Campanha do Corpo de Bombeiros foi montado em Nova Friburgo nesta sexta-feira. Com o hospital de campanha da Marinha que já funcionava, passam a ser dois na região.
Em Petrópolis, equipes de resgate trabalham para conseguir acessar uma localidade isolada , conhecida como Ponto Final, no Vale do Cuiabá, em Itaipava. Há notícias de que lá há 22 pessoas desaparecidas. Para o trabalho, serão utilizados três retroescavadeiras e 60 caminhões.
Maior tragédia da história
Esta já é considerada a maior tragédia climática da história país. O número de vítimas ultrapassou o registrado em 1967, na cidade de Caraguatatuba, no litoral norte de São Paulo. Naquela tragédia, tida até então como a maior do Brasil, 436 pessoas morreram.
No ano passado, de janeiro a abril, o estado do Rio de Janeiro teve 283 mortes, sendo 53 em Angra dos Reis e Ilha Grande, na virada do ano, 166 em Niterói, onde se localizava o Morro do Bumba, e 64 no Rio e outras cidades atingidas por temporais em abril. Em SP, durante o primeiro trimestre de 2010, quando a chuva destruiu São Luiz do Paraitinga e prejudicou outras 107 cidades, houve 78 mortes. Os números da Região Serrana do RJ superam ainda os de 2008 em Santa Catarina, com 135 mortes. Relembre outras tragédias .