A cavalaria da Tropa de Choque da Polícia Militar de São Paulo vai usar novos kits de equipamentos durante possíveis controle de distúrbios na Copa do Mundo em São Paulo. Nas montarias, o kit inclui viseira de acrílico, botas antiderrapantes, protetor facial e cobertura de couro no peito.
O material que será usado pelos homens está sendo chamado pelos militares de Robocop: um exoesqueleto de polipropileno, material resistente a pancadas. Duzentos kits foram adquiridos. Cada conjunto de acessórios para os cavalos custou cerca de aproximadamente R$ 600. No caso do policiais, o custo foi de R$ 2,3 mil.
A cúpula da PM afirma que a intervenção do Comando de Policiamento de Choque (CPChoque) será o último recurso. “Vamos entrar [nas manifestações] só se estiver à beira de uma guerra civil”, afirma o tenente-coronel Carlos Celso Savioli, comandante do CPChoque.
A PM determinou que batalhões locais acompanhem eventuais manifestações. E que o novo Comando de Policiamento Copa (CPCopa) faça a segurança de 40 pontos estratégicos da cidade.
“Só vamos entrar se o CPCopa e a Força Tática do batalhão territorial não conseguirem intervir em um distúrbio urbano”, disse.
Ao todo, 2.150 policiais do CPChoque ficarão de prontidão 48 horas antes de todos os jogos. Agentes da Ronda Ostensiva com apoio de Motocicletas (Rocam) farão escoltas de delegações e autoridades. Ao todo, a PM irá auxiliar outros órgãos de segurança na escolta de 120 autoridades no dia 12 de junho.
Cento e cinquenta policiais atuarão diretamente no estádio, com capacete, cassetetes e escudos, mas sem armas. O Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), poderá atuar, por exemplo, na varredura da arena para detecção de bombas.
Outros 2 mil estarão de sobreaviso para empregar a força, inclusive com balas de borracha, contra vândalos, se necessário, em outros pontos da cidade. Não há confirmação se a “Tropa do Braço” será novamente utilizada. Segundo a PM, todo o efetivo de 93 mil homens no estado irá trabalhar durante a Copa.