Duas mil pessoas participarão das atividades principais, no Chevrolet Hall

Estruturas da Campus Party Recife começam a tomar forma

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:11

Com mesas enormes e muitas cadeiras espalhadas por toda a área da plateia do Chevrolet Hall, o espírito da Campus Party Recife começa a tomar forma na casa de shows pernambucana, que sediará parte do evento, a partir desta quinta-feira (26) - as principais palestras e atividades serão lá, enquanto a área de camping dos 800 campuseiros, a Zona Expo, que é aberta ao público em geral, e as salas para as oficinas de inclusão digital estão abrigadas no Centro de Convenções.

Ao todo, 2 mil pessoas vão participar do encontro internacional que, pela primeira vez, chega ao Nordeste brasileiro. Nascida na Espanha, a Campus Party já teve cinco edições em São Paulo e, agora, será realizada no Recife, até a próxima segunda-feira (30). "O brasileiro é muito sociável. Nas Campus Party daqui, desde a primeira, notamos que o volume de uploads é muito maior que o de downloads, é todo mundo publicando e colocando na internet suas experiências e opiniões enquanto está aqui. Hoje, esse perfil sociável já se espalhou por todas as Campus, no mundo", explica Bruno Souza, presidente do Instituto Campus Party.
Os debates da programação oficial da Campus Party Recife (CP Recife) estão ancorados em quatro focos: inovação, empreendimento, inclusão digital e sustentabilidade. Os participantes que compraram os ingressos - já totalmente esgotados há duas semanas - podem acompanhar tudo nos cinco palcos montados dentro do Chevrolet Hall. O mais importante deles é o Principal, por onde vão passar os palestrantes chamados "magistrais": gente como Mike Comberiate, engenheiro da Nasa que traz à CPRecife uma maratona de desenvolvimento de softwares para robôs, em um acampamento de robótica; Bel Pesce, brasileira que faz sucesso no Vale do Silício e vai contar sobre sua experiência no MIT, Google e Microsoft; e Alexandre Hohagen, brasileiro que é o vice-presidente para a América Latina do Facebook.


Os demais palcos agrupam as atividades por área de interesse. No Michelangelo, os focos são música, vídeo, design, fotografia, mídias sociais e a blogosfera; para os amantes dos games, simuladores e entretenimento digital, o melhor endereço é o Stadium. Já o palco Galileu vai discutir robótica, hardware, astronomia e nanotecnologia, entre outros tópicos. O espaço para os desenvolvedores é o Palco Pitágoras, que abordará assuntos como software livre, segurança, redes e sistemas operacionais.

Esse último deve ser o local preferido de Fernando Martins, 24 anos, estudante de ciência da computação na Faculdade Boa Viagem e que já participou de duas outras Campus Party, em São Paulo. "Acho que foi fundamental vir para cá, porque aqui em Pernambuco a gente desenvolve muito na área de Tecnologia da Informação, somos muito ativos, então um evento como esse colabora com quem trabalha com isso", acredita.
Morador de Paulista, na Região Metropolitana, Fernando será um dos 800 campuseiros que vão acampar na Campus. "O deslocamento é muito grande, é mais viável para mim dormir aqui, por causa do grande problema de trânsito que a gente enfrenta. Para ter mais conforto, a gente traz um colchão e agora eu já tenho praticamente uma coleção de barracas da Campus", sorri. A área de acampamento é divida por gênero e o acesso é restrito aos inscritos, que podem deixar seus pertences dentro das barracas cedidas pela organização da Campus Party.

Além dos palcos, um outro espaço deve atrair a atenção dos campuseiros: o Barcamp, onde acontecem as "desconferências". "É o local para aquela pessoa que teve uma ideia ontem e quer compartilhar, debater, com o público da Campus. Em uma conferência, a programação está sempre preparada, fechada. Nas desconferências, não. Não precisa ter um projeto formatado, um apoio, um patrocínio, nada. É só chegar e falar, esse é o espaço onde a gente fomenta o debate, o tempo todo", explica Bruno Souza.


A área de inclusão digital, disposta em salas no Centro de Convenções, vai servir para oficinas curtas, em média de 1 hora de duração, para ensinar os 3 mil participantes do espaço a produzir conteúdos online. São oficinas de internet, blog e redes sociais, entre outros assuntos, destinado às pessoas que ainda estão fora da revolução digital. Metade das vagas está reservada para estudantes da rede pública.

Na Zona Expo, vizinha aos acampamentos, os estandes dos fornecedores e patrocinadores da Campus Party Recife vão estar abertos à visitação do público - essa é a área onde o acesso é livre. Não há comércio, mas as empresas prometem diversas atividades ligadas ao entretenimento, dos games à robótica. A Zona Expo vai funcionar da sexta (27) ao domingo (29), das 9h às 21h - são esperadas 50 mil pessoas nesse espaço, nos três dias.


Perguntado se essa será a primeira de uma série de Campus Party Recife, Bruno Souza afirma que esse é o desejo. "Estamos considerando essa como uma Campus especial. Nossa intenção é de que seja anual, mas tudo vai depender do que acontecer aqui, este ano", diz o presidente do Instituto.

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