Sony Ericsson é responsável por smartphones,
como o 'Xperia Play' (Foto: Gustavo Petró/G1) A gigante de eletrônicos japonesa Sony anunciou nesta quinta-feira (27) que irá assumir o controle da área de celulares da Sony Ericsson, ao comprar os 50% que não possui na joint-venture por 1,05 bilhões de euros (US$ 1,45 bilhão), enquanto a empresa busca enfrentar concorrentes do mercado como Apple e Samsung.
A compra da parte sueca da parceria dá à Sony o direito sobre determinadas patentes da Ericsson e condições de integrar a produção da joint-venture com sua própria gama de produtos e conteúdos.
A companhia japonesa disse que a operação de celulares será integrada a sua divisão de consumo que inclui TVs, tablets, computadores e consoles de jogos. A Sony afirmou que o negócio inclui um acordo de propriedade intelectual de licenciamento amplo e cruzado, bem como a propriedade de "cinco famílias de patentes essenciais relacionadas à tecnologia de aparelhos sem fio.
"Poderemos nos mover rapidamente e fazer uma oferta mais abrangente de smartphones, notebooks, tablets e televisores que se conectam entre si e abrem um novo mundo de entretenimento on-line", disse o presidente-executivo da companhia, Howard Stringer.
Esta aquisição faz sentido para a Sony e para a Ericsson, e vai fazer a diferença para os consumidores, que querem se conectar a conteúdos onde quer que estejam, sempre que quiserem, completou Stringer.
Mercado
Até agora, os tablets e outros produtos da Sony eram mantidos separados dos celulares criados e vendidos pela Sony Ericsson. "A Sony quer fazer o mesmo que a Apple e atender a demanda dos usuários unindo vários aparelhos com interfaces e sistemas operacionais similares", disse o analista Nobuo Kurahashi, da Mizuho Investors' Securities, em Tóquio.
Desde que as vendas de televisores começaram a cair, os smartphones se tornaram os produtos mais importantes para a Sony, já que suas vendas crescem globalmente, e eles irão, provavelmente, se tornar o principal dispositivo usado pelas pessoas para se conectar a internet, disse Kurahashi.