Um estudo realizado pela MITI Inteligência, empresa especializada em monitoramento de redes sociais, identificou pelo menos 38 mil casos classificados como bullying nas redes sociais entre os dias 2 e 6 de abril. Foram identificadas interações contendo palavras de baixo calão relacionadas a empresas, marcas, personalidade e pessoas comuns, atribuindo inclusive nomes e referência.
Segundo Elizangela Grigoletti, gerente de inteligência e marketing da MITI Inteligência, "pessoas comuns abrem seus perfis nos canais de relacionamento, criam identidades virtuais e expõem opiniões e experiências de forma aberta e muitas vezes intempestiva. Os comentários na rede estão cada vez mais inflamados e os usuários não se intimidam ao se referir a empresas, personalidades e até pessoas de seu relacionamento utilizando os mais diversos termos pejorativos".
Para ela, as redes sociais proporcionam um ambiente de livre expressão, entretanto é necessário manter o equilíbrio e responsabilidade, "lembrando que a linha que separa o real e o virtual é cada vez mais tênue, e o que é de direito público ou privado está hoje praticamente à mercê do bom senso de cada usuário", comentou.
Hoje no Brasil existem pelo menos onze delegacias especializadas em crimes virtuais, que registram dados crescentes de denúncias e reclamações, abrindo discussão para uma outra preocupação: o reflexo das agressões virtuais em ambientes reais.