Fruto de três anos de pesquisa, o livro Gangues, Gênero e Juventudes, coordenado por Miriam Abramovay, lançado ontem em Brasília, traça o perfil dos garotos e garotas que fazem parte de gangues de pichadores em Brasília.
Por que se entra para uma gangue?
Jovens são gregários e, dentro da nossa sociedade do espetáculo, têm o sonho da fama. Nas gangues temos jovens sem acesso a divertimento. Eles marcam uma cidade que não os aceita.
Qual é o papel da escola?
Hoje a escola é onde eles conhecem o que é uma gangue. A escola poderia ser um local de sociabilidade positiva. Mas em geral ela não escuta, não traz a cultura popular para dentro. Para eles, o colégio é tão chato, que o melhor é aprender a pichar.