Você sabia que alopecia androgenética, conhecida como calvície, também ameaça a vaidade feminina? De acordo com a Sociedade Brasileira do Cabelo, 50% das mulheres têm alguma queixa relacionada à queda de cabelos.
O dermatologista do Hospital Dom Alvarenga, João Vicente Carneiro Felici, explica que a rarefação capilar ou queda de cabelos, popularmente dita, envolve todo o couro cabeludo e pode também ser percebida em outras regiões do corpo, por exemplo, pelos pubianos e axilares.
Segundo o especialista, as causas comuns em mulheres podem ocorrer por hereditariedade, alterações hormonais após a puberdade, além da história familiar que também influencia. “No início é denominado eflúvio telógeno, que significa queda de cabelo, associando-se ao stress, dano ao couro cabeludo por auto agressão, infecção grave, hipo ou hipertireoidismo, dietas altamente restritivas e uso de algumas medicações”, explica o dermatologista.
João alerta que sempre que ocorrer perda de cabelo significativa deve se procurar um especialista para o diagnóstico preciso, diagnóstico diferencial e tratamento específico para a doença. O dermatologista do Hospital Dom Alvarenga destaca ainda que casos persistentes de queda por mais de seis meses, podem necessitar de uma biópsia.
Segundo Felici, é importante lembrar que a alopecia tem repercussões psicoemocionais, ocasionando sentimentos negativos, que podem contribuir para o aumento do nível de stress. Em algumas situações, pode ser necessário o acompanhamento psicológico também.
Em relação aos tratamentos, o médico ressalta que é necessário excluir doenças sistêmicas, caso não haja, há tratamentos diversos para melhora do quadro específico e alguns são curáveis. “Na alopecia androgenética feminina, pode ocorrer hiperandrogenia (distúrbio endócrino comum das mulheres) e neste caso, as pacientes podem se beneficiar com contraceptivos orais”.
Para cada uma das causas há um tratamento específico .“Tratamentos mais novos incluem a restituição cirúrgica, retalhos, implante capilar, carboxiterapia e intradermoterapia, entre outros”. O especialista lembra que existem diversos casos de calvície feminina e alguns são crônicos, por isso tudo deve ser acompanhado por um médico. “A confiabilidade e a ótima relação do médico e paciente, para opção de tratamento, é muito importante”, finaliza João Felici.