O número de adolescentes que tomaram a vacina contra o HPV, vírus que causa câncer de colo de útero, o governo federal reforçará em campanha a importância de as escolas voltarem a oferecer a vacina. Em 2014, quando começou a imunização contra o vírus, a adesão à primeira dose foi total, já na segunda, o número de meninas imunizadas foi de apenas 60%. Foi registrado ate agosto deste ano, que apenas 49% do público-alvo tomou a primeira dose.
De acordo com a coordenadora-geral do PNI (Programa Nacional de Imunizações), Carla Domigues, uma das explicações para essa baixa procura é a falta de adesão das escolas, que deixaram de ofertar a vacina, com o passar do tempo.
"Há uma resistência nas escolas em aceitar a vacinação, pois acreditam que vai atrapalhar a rotina delas, que elas não têm infraestrutura, que tem que perder um dia de aula. Precisamos levar a vacinação de volta para as escolas para ampliar a vacinação, lembrando que adolescentes agem em conjunto. Se um amigo toma, a adolescente não vai deixar de tomar. Outra coisa, não dá para esperar que a mãe leve sua filha adolescente até o posto", diz Carla Domingues.
A coordenadora ainda destaca que o Ministério da Saúde apenas recomenda aos municípios o oferecimento do imunizante nas escolas, mas essa decisão é exclusivamente da gestão municipal.