Solitários têm menos chances de recuperação após parada cardíaca

Solitários têm menos chances de recuperação após parada cardíaca

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:14

Uma pesquisa feita nos Estados Unidos mostra como o apoio social, de amigos e parentes, ajuda a minimizar os efeitos de um ataque cardíaco para o cérebro. O estudo, feito com base na observação de camundongos, indica que os animais que viviam com um parceiro registravam menos mortes de células cerebrais e também menos sintomas de depressão, na comparação com queles que ficaram sozinhos.

No experimento, camundongos machos foram colocados sozinhos ou com uma parceira fêmea por duas semanas. Os animais receberam o implante de um aparelho que transmitia informações sobre os batimentos cardíacos e outras funções do órgão. Depois de duas semanas, alguns dos animais passaram por um ataque cardíaco induzido, enquanto outra parte dos bichos não teve a experiência.

Os camundongos que tiveram parada cardíaca foram reanimados e passaram por análises após 24 horas, três e sete dias. Em praticamente todos os indicativos, os bichos que viviam sós apresentaram duas vezes mais mortes de células cerebrais na região do hipocampo, uma região do órgão considerada importante para a formação da memória. Outras medidas acabaram em resultados semelhantes.

Greg Norman, principal autor do estudo e pesquisador da Ohio State University, diz que a única diferença entre os grupos de animais era viver ou não com uma parceira.

- Os resultados mostram a profunda influência que o ambiente social pode ter na saúde após um ataque cardíaco.

Os cientistas dizem que, se confirmados por estudos mais amplos, os resultados podem indicar que o isolamento social tem um impacto negativo no índice de sobrevivência de pessoas que tiveram ataques cardíacos.

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