Giovanni Bisignani, diretor-geral da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata), disse nesta terça-feira (2) que "não é aceitável tratar passageiros como terroristas até se provarem inocentes".
O diretor da associação, que representa companhias aéreas responsáveis por 93% do tráfego aéreo internacional, completou que "cintos, sapatos e xampus não são o problema", e que "precisamos mudar o foco da busca por objetos perigosos para a busca por terroristas", e para isto é necessária inteligência e tecnologia nos pontos de checagem nos aeroportos.
"Minha visão de longo prazo é que os passageiros sejam capazes de percorrer da entrada do aeroporto até a porta do avião sem transtornos e interrupções", declarou Bisignani, na abertura do evento de segurança aérea AVSEC World, em Frankfurt, Alemanha.
Nesta linha, ele diz que deseja liderar um esforço global para montar um ponto de checagem de segurança nos aeroportos realmente "do futuro".
Outros pontos importantes seriam padronizar a coleta de dados em processos de companhias aéreas nos voos internacionais é um ponto importante, além de melhorar o diálogo entre governos.
PROGRESSO RECORDE
O diretor da Iata assegurou que a segurança hoje é muito maior hoje que em 2001, mas ainda há espaço para melhorias.
Segundo ele, a definição de esforços de segurança coordenados entre a indústria e o governo fizeram "mais progressos nos útlimos dez meses que em qualquer período desde os trágicos eventos de 2001"
Um novo foco seria o transporte de carga, considerando que na semana passada dois pacotes com bombas endereçados a instituições judaicas em Chicago (EUA) foram interceptados, a bordo de aviões de carga no Reino Unido e em Dubai.
Nesta terça-feira, a polícia federal norte-americana (FBI) também anunciou que investiga incidente em que itens suspeitos foram encontrados a bordo de um avião da Delta Air Lines, que saiu do Japão e pousou em Portland.