“E determinou Salomão edificar uma casa ao nome do SENHOR, como também uma casa para o seu reino.” (2 Crônicas 2.1)
A Palavra de Deus diz que o rei Davi desejou em seu coração construir uma casa para Deus. Ele queria que o Senhor tivesse um lugar onde a Sua glória seria derramada e a Arca da Aliança estaria abrigada (1 Crônicas 17.1).
Este seria um local para que os filhos de Deus pudessem estar em oração e adoração, um local seguro e honroso para que o nome do Senhor fosse glorificado. Era um desejo sincero do coração de Davi, no qual tocou o Trono da Graça e foi visto com bons olhos pelo Eterno.
Ainda que o desejo de Davi tenha sido legítimo, a Bíblia diz que ele não teve a permissão de Deus para construir o Templo. Pois a Casa de Deus não poderia ser edificada por mãos que derramaram tanto sangue. Por isso, caberia a Davi os preparativos, mas ele não construiria o lugar de adoração.
Conforme está escrito: “Mas veio a mim esta palavra do Senhor: ‘Você matou muita gente e empreendeu muitas guerras. Por isso você não construirá um templo em honra do meu nome, pois derramou muito sangue na terra, diante de mim” (1 Crônicas 22.8).
Assim como nos tempos de Davi, Deus ainda deseja ter um local para que Ele seja adorado. Seu lugar preferido é os nossos corações, um lugar onde as palavras precisam ser sinceras. Onde nossa adoração deve ser com os sentimentos mais intensos.
Quando o Senhor me chamou para uma adoração genuína, edificando dentro de mim uma Casa de Oração, nasceu a necessidade de encontrar um lugar particular para ficar a sós com Deus. Jesus Cristo orientou que devemos fechar a porta do quarto (buscar um lugar particular) e buscá-Lo em secreto.
Conforme está escrito: “Mas quando você orar, vá para seu quarto, feche a porta e ore a seu Pai, que está no secreto. Então seu Pai, que vê no secreto, o recompensará.” (Mateus 6.6).
Com este princípio em minha mente, passei a buscar no meu quarto, onde passava dias e dias a sós com Deus. Depois passei a me refugiar em florestas, campos abertos, onde montava barracas, até que finalmente nasceu à cabana.
Passei a frequentar este lugar com o anseio de encontrar Deus. E, de certa forma, eu passei a encontrá-Lo à medida que mergulhava na busca pela unção. Na cabana eu tive visões, arrebatamentos, experiências sobrenaturais, encontrei resposta para as orações, obtive provisão, meu ministério expandiu, consolidou-se e fui reconhecido como um escolhido.
Isso é apenas um pouco do muito que aconteceu neste lugar e que agora tomei a decisão de registrar em um livro. O título do livro é “A cabana e o profeta”, onde muitas destas experiências são detalhadas e revelações são aprofundadas.
O fogo do sul
Em 2011, quando o meu ministério já era reconhecido internacionalmente, o Senhor me chamou para subir ao monte e construir a cabana. Neste mesmo ano, os jornais destacavam a seca terrível no Brasil, especialmente no Rio Grande do Sul. Por isso, meu primeiro objetivo era buscar um verdadeiro avivamento.
Eu tive de abrir mão da minha agenda de conferências, deixar os hotéis cinco estrelas, abandonar todo o conforto para ficar no alto do Cerro Comprido, em Faxinal do Soturno, onde buscaria a presença de Deus. Somente Deus e eu na cabana.
No início era uma solidão muito grande, pois ninguém subia o monte para orar comigo, eu estava sozinho em uma batalha espiritual. Não havia pessoas interessadas em estar na presença de Deus em um lugar tão inóspito quanto aquele.
Então, algo poderoso começou a acontecer. As chuvas começaram a ser derramadas sobre o sul do país. Deus me chamou em particular e mostrou-me a paisagem do alto do monte, me levando a meditar no capítulo 2 de Joel.
Nesta passagem bíblica, conforme está escrito, o Senhor promete enviar chuvas, para sarar a Terra. Depois a vegetação é restaurada, as plantas crescem e os animais engordam e se alegram. Em seguida, os filhos de Sião se alegram. Quando finalmente é derramado o Espírito Santo sobre toda a carne.
O Senhor me mostrou tudo isso em etapas: primeiro a chuva, grandes colheitas, os animais se multiplicando, a economia sendo restaurada, um manto de riqueza sobre o estado e tudo isso aconteceria quando eu iniciasse um trabalho de discipulado chamado Escola Profética Unção de Elias.
Através deste trabalho eu deveria promover o projeto de oração 24/7, no qual já havia sido implantado em 1987, mas agora deveria ser compartilhado os princípios deste modelo de intercessão com outros líderes.
No ano de 2012 começamos então o trabalho com a Escola Profética, com o objetivo de promover um grande avivamento no sul do país. Uma das primeiras lições que foram ministradas tratava sobre os Dons Espirituais, enfatizando a importância da atuação do Espírito Santo para o crescimento espiritual.
O fogo do sul se espalharia pelos mais longínquos rincões do país e alcançaria outros países. O Senhor me mostrou que outras pessoas viriam ao Rio Grande do Sul para buscar por unção e poder, fazendo com que o estado ficasse conhecido como “Rio Grande da Unção”.
A cabana passaria a jorrar um avivamento sobrenatural para outros lugares, como se águas nascessem no cume do Cerro Comprido, avançando por todo o país e se espalhando pelo mundo. Era a visão do que diz Ezequiel.
Conforme está escrito: “Depois disto me fez voltar à porta da casa, e eis que saíam águas por debaixo do umbral da casa para o oriente; porque a face da casa dava para o oriente, e as águas desciam de debaixo, desde o lado direito da casa, ao sul do altar” (Ezequiel 47.1).
Neste ano, na 7ª edição da Escola Profética Unção de Elias, nós estamos vendo pessoas representando os estados da nação e de diversos países do mundo ocupando os hotéis. É o fogo do sul se espalhando a partir da cabana.
As pessoas estão vindo ao monte, buscando a unção que nasceu na cabana e levando para suas terras. E quando elas chegam em suas cidades, a unção de Elias começa a se manifestar e elas são usadas por Deus.
Por Joel Engel, pastor, líder do Ministério Engel, em Santa Maria (RS) e fundador do Projeto Daniel, que ajuda crianças órfãs em países da África.
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