Quero refletir com vocês sobre este texto que li e acho pertinente, especilamente no atual momento que vivemos, com as pessoas tendo que ficar em suas casas por conta da pandemia que assola o mundo.
Diz o autor:
Pois todos os nossos dias vão passando na tua indignação; acabam-se os nossos anos como um suspiro. A duração da nossa vida é de setenta anos; e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos, a medida deles é canseira e enfado; pois passa rapidamente, e nós voamos. Salmos 90: 9,10
A família é um bem de grande valor, um valor inestimável. No entanto desperdiçamos momentos significativos de nossa existência aqui nesta terra quando não sabemos ou não queremos nos relacionar melhor com aqueles que Deus colocou em nossa vida. Digo isto, pois a vida é muito curta. Outro dia mesmo estive em minha cidade natal justamente quando ela comemorava seus 116 anos (Eugenópolis - MG). Uma das comemorações foi a presença dos jatos tucanos da força área brasileira presente nas festividades com seus voos acrobáticos nos céus desta pequena cidade do meu coração bem acima de uma pequena casinha em uma pequena propriedade onde não faz muito tempo que nasci em casa de meus avós através das mãos de uma parteira.
Confesso que foram emocionantes as duas coisas, ou seja, estar ali naquele momento com parte de pessoas de nossa família que amamos e também observar aqueles pilotos e suas máquinas voadoras cortando os céus bem acima onde Deus me trouxe a existência. Este é o sentimento que tenho que de fato Deus me deu vida justamente com um propósito que é o de abençoar todas as pessoas que cruzarem o meu caminho. Tal como aqueles aviões a vida passa muito rápido e a Bíblia nos diz: “pois passa rapidamente, e nós voamos.”
Infância, adolescência, juventude, casamento e hoje já sou adulto, esposo de uma linda mulher por dentro e por fora e pai de dois filhos jovens que logo também constituirão suas famílias. Mais da metade de um século se passou e a pergunta que paira em minha mente. Será que pude contribuir positivamente com as pessoas que passaram por mim nestes anos? Refiro-me mais aos meus familiares em geral.
Quando nos encontramos com nossos parentes que já não vemos há algum tempo notamos que estamos envelhecendo cada dia e num balanço muito simples de nossa existência se fossemos medir o que proporcionamos de bom ou de útil na vida destas pessoas veremos fatalmente que deixamos a desejar em muitas áreas. Será que fui amigo, companheiro nas horas difíceis ou não? Quantos eu pude ajudar de fato com uma atenção de qualidade e não somente alguns momentos de reencontro? Quantos eu pude falar do amor de Jesus?
Enfim qual o valor que estas pessoas como cônjuges, filhos, netos, bisnetos, avós, pais, irmãos(ãs) tios(as) primos(as) sogros(as), cunhados(as), noras, genros etc. representam para mim? Será que em algum momento não houve nenhuma inimizade, intriga, falta de perdão, ódio, mágoa, ressentimentos, desapontamentos diante de algum deles por uma palavra mal colocada, por algo que fiz no passado que julguei como certo mas que nas concepções deles deixei a desejar. Em qual momento ou circunstâncias da vida deixei de fato de ser benção na vida destas pessoas do meu coração? Por que estou fazendo estas colocações nesta oportunidade? É que você amigo(a) não é diferente de mim, pois também um dia nasceu e também têm uma família e talvez você ainda não parou para pensar como a vida é realmente curta. Como desperdiçamos nossas vidas com futilidades.
Como não priorizamos o que realmente deveria ter valor. Digo isto, pois aqui na terra os nossos dias vão se findar. E que deixaremos como legado? Como seremos lembrados? Como um familiar rabugento, alguém considerado ruim em preceder com as pessoas, mal visto e indesejado ou alguém de boa índole, bom, amigo, de fato de valor e que procurou se relacionar com todos da melhor maneira possível? Precisamos valorizar mais principalmente nossa família e dedicar a ela tempo de qualidade. Evitar o máximo brigas, discórdias e tudo que pode nos separar. Precisamos constantemente exercer atitudes de perdão, de compaixão e de misericórdia. Procurarmos ser bons pacificadores e pessoas honestas e leais. Que o Senhor nos dê sabedoria e discernimento para que com criatividade e uma boa dose de boa vontade passar a nos envolver mais em família enquanto temos os nossos queridos por perto...
Pense nisto e seja feliz em Cristo Jesus...
*Reprodução
Por Roberto Cruvinel, pastor da Igreja AD Pleroma e O Brasil para Cristo, mestre em Teologia, especialização em Filosofia Cristã, Professor de grego bíblico - Diretor da Escola Teológica Pr. Virgílio dos Santos Rodrigues.
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