É muito normal escutar a seguinte frase dos pais: “Cuidado com quem anda menino!”. Todos os pais têm uma preocupação de com quem seu filho ou filha está andando, conversando, se relacionando. Lembro na minha adolescência que eu era o menor de idade dos amigos que andava, e meu pai conhecia cada uma das pessoas que estavam comigo. Isso é normal.
Além desse zelo dos pais, a Bíblia nos orienta em inúmeros versículos sobre esse tópico, sobre tomar cuidado do ambiente que frequenta. Em Pv 22.24 a Bíblia orienta a não andar com pessoas iradas, que gostam de contendas, para que não venhamos a seguir os mesmos caminhos, e com isso atrair grandes problemas para a nossa própria vida!
Outro exemplo disso, é o que apóstolo menciona em 1Co15.33 – “não vos enganeis, as más conversações corrompem os bons costumes”. Paulo escreveu isso baseado num escritor ateniense do século III a.C., que dizia que nossa vida é influenciada pelo que cremos e com quem nos associamos. Portanto, essa questão de estar no “ambiente adequado” é imprescindível para uma vida sadia já há centenas de anos atrás!
Inúmeras vezes sou procurado para aconselhamentos, pessoas costumam trazer seus problemas, suas situações difíceis, e na grande maioria dos casos isso só está acontecendo com as pessoas porque elas mesmas “procuraram” aquela situação ou relacionamento. Não teve nada forçado sobre elas! E quando se vai à fundo, no detalhe de cada situação, muitas vezes percebe-se que o ambiente onde se iniciou aquele contato não foi um ambiente “adequado” para um servo de Deus, ou seja, a pessoa que procurou aquilo, não foi nada coisa do “inimigo”.
Paulo diz também na carta aos coríntios que “tudo me é lícito, mas nem tudo me convém”. O cristão tem que entender isso, não existe proibição, mas existe uma coerência cristã. Tem ambientes que podiam “combinar” com um estilo de vida antes de aceitar Jesus, mas que depois dessa decisão por Cristo, não combinam mais; aliás, muito da vida do cristão é baseado na renúncia, e isso inclui entre outras coisas ambientes que ele frequenta. Nós somos responsáveis pelos ambientes e respectivas amizades ao nosso redor, e iremos colher o fruto dessa decisão todos os dias da nossa vida.
Mas eu tenho uma boa notícia! Existe o outro lado dessa moeda também. Até agora citei alguns exemplos “ruins” de ambientes, mas quando escolhemos ambientes cristãos, nós somos extremamente abençoados e temos experiências profundas com Deus!
Me lembro de uma passagem em 1Sm10.10, que fala de Saul, aquele que viria a ser o futuro rei de Israel, ele estava passando num rancho de profetas, e ele mesmo “envolvido” por aquele ambiente profetizou também! Acredite, Saul profetizou! Aquele ambiente tocou na vida dele. Outro também bem significativo é em 2Cr5, foi quando a construção do Templo foi finalizada, a presença do Senhor foi tão forte, mas tão forte, que os próprios sacerdotes não conseguiam ficar em pé. Consegue imaginar um ambiente assim?
Eu poderia falar de várias outras passagens, como Pentecostes em At2, mas o ponto que quero trazer nesse artigo é, o ambiente te influencia, seja bom ou ruim! Ambiente é feito de pessoas, com costumes bons ou ruins. Portanto, pense nisso! Faça uma auto análise, sugiro você responder a algumas perguntas para si mesmo, por exemplo, qual ambiente você está frequentando atualmente? Esse ambiente está te aproximando ou te afastando de Deus? Tenha essa reflexão e decida por um ambiente adequado aos princípios cristãos, não brinque com sua vida. Por fim, isso me fez lembrar o que eu escutei um dia numa pregação, “Sugiro a você não brincar com duas pessoas, nem com Deus, nem com o diabo, pois eles não brincam”, portanto, pense nisso e tenha zelo pela sua vida. Deus abençoe.
Rodrigo Pestana é Pastor, Engenheiro, Bacharel em Teologia com pós em Psicologia. Ministro de libertação, intercessor e capelão em centros de recuperação e hospitais. Ajuda as pessoas no entendimento bíblico, aconselhamentos e na ativação de seus dons. Canal no YouTube com seu nome, onde ministra semanalmente. Mora na cidade de Indaiatuba/SP, casado com Daniela e pai de Raphael.
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