A incrível transformação de Abby Johnson, que deixou de ser diretora de uma grande clínica de aborto da grande rede americana ‘Planned Parenthood’ para se tornar uma das vozes mais poderosas do movimento pró-vida nos EUA atraiu compreensivelmente muita atenção, com sua história sendo contada no livro e no filme "Unplanned", lançado no Brasil como “40 Dias: O Milagre da Vida”.
E agora Johnson está compartilhando elementos adicionais de sua impressionante jornada em "Beautiful Lives", da Pure Flix, uma nova série de TV que mostra Johnson conversando com outros ex-funcionários de clínicas de aborto que encontraram verdadeira liberdade depois de deixar suas carreiras para trás.
No primeiro episódio da série, Johnson revela como ela se juntou à Planned Parenthood como voluntária e, ao longo dos anos seguintes, subiu na hierarquia para se tornar diretora de uma clínica da rede.
"Eu era tão boa em justificar o pecado naquele momento da minha vida que podia justificar qualquer coisa", disse ela, notando que estava realmente perdida e à deriva durante esse período de sua vida.
Entre as responsabilidades de Johnson na clínica estava lidar com o dinheiro que a instalação ganhava com seus procedimentos de aborto — algo que hoje ela enxerga com uma visão mais clara.
"O meu trabalho era levar o dinheiro ao banco, depois de um dia inteiro realizando abortos. Eu saía com duas sacolas grandes, cheias, quero dizer, transbordando dinheiro", disse ela. "Havia pelo menos 20 ou 30.000 dólares naquelas sacolas. Na verdade, eu não via dessa forma na época, mas agora reconheço o quão lucrativo realmente era aquilo. O aborto realmente é um negócio lucrativo, realmente focado no dinheiro".
A decisão
Johnson compartilhou que começou a se questionar sobre seu papel na clínica quando lhe disseram que a organização construiria "a maior instalação de aborto do hemisfério ocidental".
A instalação estava programada para realizar abortos tardios e, enquanto muitas pessoas estavam animadas com aquilo, Johnson disse que não se sentia bem sobre esse assunto.
Mas a gota d'água veio quando Johnson foi convidada a ajudar um médico durante um aborto por ultrassom. O que ela viu naquela sala de operação mudou tudo.
"Durante o aborto em um bebê de 13 semanas, eu o vi lutar por sua vida contra os instrumentos de aborto", disse ela. "Eu acreditava que os nascituros não tinham nenhum desenvolvimento sensorial, não sentiam nada".
Johnson continuou: "Quando vi isso, fiquei surpresa, e então [também] percebi que eu havia me tornado uma grande mentira e pensei: 'Sobre o que mais estamos mentindo?'".
Posteriormente, Abby tomou coragem e decidiu sair da clínica de aborto. Na época, sua atitude foi considerada por muitos colegas como uma “loucura”. A Planned Parenthood também tentou — sem sucesso — estabelecer uma ordem judicial para proibir que ela falasse sobre o que ela viu nas clínicas de aborto.
Ministério
Atualmente, Johnson lidera uma organização que evangeliza e apoia funcionários de clínicas de aborto que desejam largar seus empregos e buscar um novo rumo profissional. Centenas já foram alcançadas por seu projeto.
"Nosso principal objetivo é levá-los em um relacionamento com Jesus Cristo", disse Johnson. "Muitos desses trabalhadores, principalmente mulheres, vieram com histórias que queriam compartilhar, das quais queriam se livrar".