A cofundadora do Black Lives Matter, Patrisse Cullors, pediu pelo fim do “projeto imperialista que é chamado de Israel” durante um painel na Escola de Direito de Harvard, nos Estados Unidos. O discurso foi feito em 2015, mas voltou a ser destacado pela imprensa americana nesta semana.
As declarações de Cullors, que se demitiu da Fundação Global da Black Lives Matter na quinta-feira passada (27) em meio a críticas sobre seu estilo de vida luxuoso — incluindo a compra de quatro casas de luxo, conforme revelado pelo New York Post — vieram à tona pelo site The Post Millennial, que publicou o vídeo na última sexta-feira.
No mesmo vídeo, Cullors descreveu a causa palestina como “a África do Sul de nossa geração” e advertiu que “estamos condenados” se Israel não for levado ao “fim”.
De acordo com a Fox News, Cullors fez parte de um painel organizado pelo Programa de Direitos Humanos da Escola de Direito de Harvard.
O título do painel, “Globalizando Ferguson: Policiamento Racializado e Resistência Internacional”, fez referência ao assassinato de Michael Brown por um policial branco em 2014, no subúrbio de St. Louis, que lançou o movimento Black Lives Matter.
Na ocasião, Cullors também encorajou seu público a procurar o movimento de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) e expressou apoio a Rasmea Odeh, um terrorista palestino condenado que na época estava envolvido em uma longa batalha legal para permanecer nos EUA.
BLM co-founder Patrisse Cullors calls to "end the imperialist project that's called Israel." pic.twitter.com/0PgEtPMpVx
— The Post Millennial (@TPostMillennial) May 28, 2021
O colunista do Boston Globe, Jeff Jacoby, twittou no domingo (30) que Cullors “tem o mesmo objetivo do Hamas, da OLP e do aiatolá do Irã. Quaisquer que sejam suas diferenças, eles são todos antissemitas que anseiam expulsar os judeus para o mar”.
Crise no BLM
Enquanto isso, mães de negros mortos pela polícia acusaram Cullors e o Black Lives Matter de lucrar com a morte de seus filhos.
“Eles estão se beneficiando com o sangue de nossos entes queridos e nem mesmo falam com a gente”, disse Samaria Rice, cujo filho Tamir, de 12 anos, foi baleado pela polícia de Cleveland enquanto brincava com uma arma de brinquedo em novembro de 2014.
Quanto a Cullors, Rice disse: “Não acredito que ela vá a lugar nenhum. É tudo uma fachada. Ela só está dizendo isso para tirar o foco dela agora.”