Com simbolismos proféticos, Rosh Hashaná celebra dia em que Deus criou Adão e Eva

Segundo a tradição judaica, o Rosh Hashaná marca o dia em que Deus criou Adão e Eva, sendo celebrado como o “aniversário do mundo”.

Fonte: Guiame, com informações do ChabadAtualizado: terça-feira, 23 de setembro de 2025 às 14:22
Rosh Hashaná carrega mensagens importantes: introspecção, perdão e busca por uma vida mais alinhada com valores espirituais. (Foto: Pixabay)
Rosh Hashaná carrega mensagens importantes: introspecção, perdão e busca por uma vida mais alinhada com valores espirituais. (Foto: Pixabay)

Com a chegada do Rosh Hashaná – o Ano Novo Judaico, celebrado entre o pôr do sol dos dias 22 a 24 de setembro – se inicia um novo ciclo no calendário hebraico.

Segundo a tradição judaica, o Rosh Hashaná marca o dia em que Deus criou Adão e Eva, sendo celebrado como o “aniversário do mundo”.

Assim, em 2025 a comunidade judaica celebra o início do ano 5786, conforme a contagem tradicional que remonta à criação do mundo, segundo a cronologia rabínica.

Rosh Hashaná significa “Cabeça do Ano” e é celebrado no primeiro e no segundo dias do mês hebraico de Tishrei. A celebração também marca o começo da Festa das Trombetas.

O pastor Joel Engel destaca a importância desses dias para os cristãos e sua simbologia profética para os tempos atuais.

“São dias de buscar, orar e pedir a Deus que dê bons decretos”, disse durante um culto.

Arrependimento e reconciliação

Mais do que uma simples mudança no calendário, esse período representa o início de uma fase profundamente significativa dentro do judaísmo.

Rosh Hashaná não é apenas uma festividade cultural, mas um tempo de renovação interior, marcado pelo arrependimento e pela reconciliação com Deus e com o próximo.

O significado do período está relacionado à consciência de que todos se colocam diante de Deus, que avalia pensamentos, palavras e atitudes.

Para os judeus, a reflexão busca promover responsabilidade pessoal e a prática da misericórdia e da justiça.

O som do shofar

Um dos símbolos mais marcantes do Rosh Hashaná é o toque do shofar, o chifre de carneiro. Seu som penetrante não é uma melodia comum, mas um chamado espiritual.

Ele lembra o sacrifício de Isaque, convoca ao arrependimento (teshuvá) e simboliza o despertar da alma adormecida para uma vida de santidade.

Segundo o colunista do Guiame, Getúlio Cidade, o shofar tem papel fundamental no mês que antecede Rosh HaShana.

“É um mês de introspecção cujo propósito é conduzir a uma autoanálise de ações, palavras e pensamentos diante de Deus e dos homens, de modo a produzir arrependimento do mal cometido e correção de vereda. A mensagem é: arrependa-se antes que chegue Rosh HaShana, o dia do juízo.”

Dias de arrependimento

Rosh Hashaná é também o início dos Dez Dias de Arrependimento, que culminam no Yom Kipur, o Dia da Expiação.

Esse período é um tempo de autoexame e perdão, no qual cada pessoa é convidada a avaliar sua caminhada e reparar relações rompidas.

A espiritualidade dessa festa se expressa na busca sincera de reconciliação, pois, para o judaísmo, não há perdão divino sem antes haver a disposição de perdoar o próximo.

Embora profundamente enraizado na tradição judaica, o Rosh Hashaná carrega mensagens universais: a importância da introspecção, do perdão e da busca por uma vida mais alinhada com valores espirituais.

Na refeição tradicional de Rosh Hashaná, é comum servir pão challah redondo — muitas vezes preparado com passas — e maçãs mergulhadas em mel.

Cada item presente na mesa possui um significado especial, simbolizando desejos de bênçãos, prosperidade e vida para o novo ano que se inicia. Segundo o pastor Engel, “todos esses simbolismos são proféticos”.

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