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Pastor explica mensagem profética do Rosh Hashaná: “É tempo de arrependimento”

Joel Engel lembra que Jesus é os apóstolos participavam de todas as festividades judaicas e convidou os cristãos a seguirem o exemplo.

Fonte: Guiame, Luana NovaesAtualizado: sexta-feira, 4 de outubro de 2024 às 19:13
(Foto ilustrativa: Olga Drach/Unsplash)
(Foto ilustrativa: Olga Drach/Unsplash)

O Ano Novo Judaico — ou Rosh Hashaná — em 2024 começou na quarta-feira, 2 de outubro, e termina ao anoitecer desta sexta-feira, 4 de outubro, marcando o início do ano 5785 no calendário judaico. 

Rosh Hashaná significa “Cabeça do Ano” e é celebrado no primeiro e no segundo dias do mês hebraico de Tishrei. 

Segundo a tradição judaica, este é o dia em que Deus criou o primeiro ser humano, Adão. A celebração marca o início de um período de introspecção e arrependimento que dura dez dias, e termina no Yom Kippur, o Dia da Expiação, que se iniciará na próxima sexta-feira, 11 de outubro, e irá até o anoitecer de sábado, 12 de outubro.

Nesta semana, o pastor Joel Engel destaca a importância desses dias para os cristãos e sua simbologia profética para os tempos atuais. “São dias de buscar, orar e pedir a Deus que dê bons decretos”, disse em culto ministrado às vésperas do Ano Novo Judaico.

Uma das tradições mais emblemáticas de Rosh Hashaná é o toque do shofar: são 100 toques ao todo, com uma sequência específica de sons, que servem como um chamado para o arrependimento.

“O toque do shofar é a voz de Deus chamando o seu povo para o arrependimento”, explica Engel. “É tempo de se voltar para Deus. É tempo de buscar o Senhor”.

Símbolos de Rosh Hashaná

Na refeição tradicional de Rosh Hashaná, cada item da mesa possui um significado especial, refletindo os desejos de bênção, prosperidade e vida para o ano que se inicia. “Todos esses simbolismos são proféticos”, destacou Engel.

Um dos alimentos mais emblemáticos é a maçã mergulhada no mel, que simboliza o desejo de um ano bom e doce. O mel, cujo valor numérico da palavra hebraica “dvash” (mel) corresponde ao valor de “Av Ha’Rachamim” (Pai Misericordioso), simboliza a esperança de que Deus, como Supremo Juiz, trate Seu povo com compaixão e amenize as sentenças decretadas.

“No momento em que começa o Rosh Hashaná, Deus abre os livros e estabelece as cortes celestiais. Toda a humanidade passa diante do Criador. Deus examina as obras de cada um, passado e presente. E Deus vai definir quem vai viver ou morrer no próximo ano. Tudo será definido nesses dez dias. É no dia de Yom Kippur que Deus bate o martelo”, explicou Engel.

Ele também ressaltou a importância das primícias, conectando-as ao que aconteceu no Éden com Adão e Eva. “Nesse primeiro dia, todos apresentam suas primícias, ou seja, seus primeiros frutos. Tudo o que é primeiro é de Deus. Um exemplo disso é o que ocorreu no Éden. A árvore do conhecimento do bem e do mal era a primícia, e Adão e Eva não deveriam comer de seu fruto. Quando Eva comeu, atraiu maldição. Todos os meses, a serpente tenta fazer com você o que fez com Adão e Eva: te instigar a comer a primícia”, disse Engel.


(Foto ilustrativa: NordWood Themes/Unsplash)

A tâmara, a acelga e o alho-poró (karti) são outros alimentos simbólicos, que são consumidos com a oração de que “nossos inimigos sejam eliminados”. Engel destaca a importância desse símbolo no contexto atual. “Esse ano, especificamente, Israel está sendo atacado por todos os lados. Esse é um sinal iminente do cumprimento da profecia do Apocalipse.”

Já a abóbora moranga é ingerida com a esperança de que “nossos decretos ruins sejam anulados e que nossas boas ações sejam lidas perante Deus”. Ela simboliza o desejo de que Deus apague qualquer julgamento negativo e leve em consideração as boas ações de cada pessoa.

O feijão de corda (rubia) também possui um significado importante, sendo consumido com a oração de que “nossos méritos sejam aumentados”. Segundo Engel, “tudo o que você faz de bom aumenta os seus méritos”.

Por fim, a romã é consumida com o desejo de que os méritos sejam tão abundantes quanto suas sementes. Ela remete aos 613 mandamentos da Torá e simboliza a esperança de bênçãos por meio do cumprimento dos mandamentos. “Se eu cumprir os mandamentos, serei beneficiado com saúde e força”, afirmou Engel.

A refeição de Rosh Hashaná também inclui a cabeça de carneiro ou peixe, simbolizando o desejo de que “sejamos a cabeça e não a cauda”, refletindo uma oração por liderança, prosperidade e multiplicação.

Os cristãos devem celebrar o Rosh Hashaná?

Joel Engel acredita que os cristãos devem seguir as tradições judaicas, como Jesus e os apóstolos faziam. “Nós somos filhos de Abraão e, portanto, podemos nos considerar judeus. Mas há um judeu que nos gerou, Jesus, que oi o primeiro de muitos”, disse o pastor. 

“Como vou imitar Jesus fazendo só uma parte do que Ele fazia? Jesus participou de todas as festas judaicas. Os apóstolos participaram de todas as festas”, acrescentou.

Ele também comentou sobre a perda dessas tradições no cristianismo após o período de Constantino, quando houve uma adaptação da fé cristã às estruturas do Império Romano.

“O problema é que simplesmente houve uma troca de nomes — os templos que antes eram para deuses pagãos agora eram templos cristãos. Os bispos daquele tempo se venderam e anularam qualquer lembrança de Israel. Ao longo da história, um espírito de ódio aos judeus vem atuando através de homens e governos”, destacou.

Encerrando sua mensagem, Engel lembrou que Jesus, o “grande judeu”, participava de todas as festividades judaicas e convidou os cristãos a seguirem esse exemplo: “Nosso modelo é Jesus, o grande judeu, que participava dessa mesa”.

Veja a pregação completa:

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