Hamas ameaça Israel contra restrições na mesquita: “Explosão chegando”

“Que o nosso inimigo saiba que as almas estão fervendo e que nossa raiva é iminente”, escreveu o Hamas em suas redes sociais.

Fonte: Guiame, com informações de Jerusalem PostAtualizado: segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024 às 18:05
Judeus e muçulmanos disputam espaço no Monte do Templo. (Captura de tela: YouTube/India Today)
Judeus e muçulmanos disputam espaço no Monte do Templo. (Captura de tela: YouTube/India Today)

Por medidas de segurança, Israel informou que vai restringir muçulmanos ao Monte do Templo durante o Ramadã, que começa em 10 de março e vai até 8 de abril. 

A decisão foi baseada nas recomendações do ministro da Segurança Nacional de Israel, Ben Gvir, apesar da oposição do ministro da Defesa Yoav Gallant, do Shin Bet e do exército.

Ao saber que os direitos de visitação ao Monte do Templo para os muçulmanos palestinos da Cisjordânia seriam restritos a indivíduos com mais de 60 anos e menos de 10 anos, o Hamas se irou.

Segundo o Jerusalem Post, o grupo terrorista emitiu um alerta a Israel, pelo Telegram da organização, no sábado (24), em tom de ameaça: “Que o nosso inimigo saiba que as almas estão fervendo e que nossa raiva é iminente”.

‘Uma explosão está chegando’

“Uma explosão está chegando em resposta a quaisquer restrições à entrada de muçulmanos na mesquita de Al-Aqsa durante o mês do Ramadã”, escreveu o Hamas.

As possíveis restrições ainda estavam em análise, mas o grupo terrorista se adiantou, apelando aos palestinos que “se mobilizem e marchem até à abençoada Mesquita de Al-Aqsa, para a protegerem da profanação dos colonos usurpadores e para frustrarem todos os planos que visam a Mesquita Sagrada e a Cidade Santa”.

Ainda segundo o Jerusalem Post, a decisão de restringir o acesso do Ramadã ao Monte do Templo foi tomada durante uma reunião do gabinete de guerra que incluiu as seguintes autoridades: o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, o ministro da Defesa Yoav Gallant, o ministro de Assuntos Estratégicos Ron Dermer, os ministros da Unidade Nacional Benny Gantz e Gadi Eisenkot, o presidente do Shas, MK. Aryeh Deri, o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, o ministro da Justiça, Yariv Levin, e o ministro das Relações Exteriores, Yisrael Katz.

A decisão recebeu críticas subsequentes de políticos árabes e de esquerda. No entanto, membros do gabinete, incluindo Benny Gantz e Israel Katz, afirmaram que o governo estava permitindo a liberdade religiosa tanto quanto possível e que as restrições eram puramente por razões de segurança.

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