O vice-comandante da Guarda Revolucionária Iraniana ameaçou destruir Israel última na sexta-feira (20), momentos antes de iniciar as orações islâmicas em Teerã, capital do Irã.
O General de brigada Hossein Salami afirmou que “o dedo está no gatilho e os mísseis estão prontos”. Ele ainda alertou: “A qualquer momento que o inimigo conduzir algo contra nós, nós os lançaremos”.
Se dirigindo a Israel, Salami prosseguiu em seu discurso: “Nós te conhecemos muito bem. Você está exposto a um grande dano porque você não tem profundidade, você está cercado em todas as direções e não tem para onde fugir, a não ser para cair no mar. Não confie em suas bases militares porque elas estão no campo de tiro e podemos atacá-las e impedi-las [de operar]”.
“A resistência hoje é muito mais forte do que era no passado. Não pense que as novas guerras serão como a Segunda Guerra do Líbano”, Salami acrescentou. “Não coloque sua esperança nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha. Quando eles chegarem, você já terá desaparecido, portanto, não faça cálculos incorretos”.
Referindo-se à presença americana na Síria, Salami observou que o Irã aprendeu como superar o inimigo e prejudicar seus interesses estratégicos. Os Estados Unidos foram derrotados na Síria porque os americanos não tinham uma política clara, e cada ação que tomam faz com que pareçam ridículos, como a operação que fizeram há alguns dias, porque não têm estratégia. Hoje estamos muito mais fortes do que nunca em todas as áreas”.
Em resposta às ameaças do Irã, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu se pronunciou durante um evento em homenagem aos 70 anos de Israel, em Tel Aviv. “Estamos certos de nossas capacidades para nos proteger com nosso próprio poder”, destacou.
Conflitos
O discurso de Salami acontece uma semana depois que Israel atacou um avançado sistema de defesa aérea iraniano e uma instalação de drones na Síria. O ataque visou armamentos que poderiam ter reduzido a liberdade de ação da Força Aérea de Israel no espaço aéreo sírio.
“Foi a primeira vez que atacamos alvos iranianos ativos, tanto instalações quanto pessoas”, disse uma fonte militar israelense, segundo Thomas Friedman, colunista do New York Times.
Os sete iranianos mortos no ataque são membros da Força Quds, um ramo da Guarda Revolucionária que supervisiona operações no exterior, e um deles como comandante de uma unidade de drones, segundo Friedman.