De acordo com a mídia estatal síria, uma série de supostos ataques israelenses atingiu instalações militares no centro da Síria na noite de domingo (08), provocando a morte de pelo menos 14 pessoas, além de ferir 43 e provocar incêndios.
A agência de notícias estatal SANA informou que as defesas aéreas sírias “enfrentaram uma agressão que atingiu vários pontos na região central”, causando danos a uma rodovia na província de Hama e provocando incêndios que as equipes de combate estavam tentando controlar na manhã desta segunda-feira (09).
A SANA informou que os ataques também causaram “perdas materiais” em vários locais militares.
Forças iranianas
Outras mídias locais relataram que um dos alvos foi um centro de pesquisa científica em Masyaf, associado há muito tempo à fabricação de armas químicas e mísseis de precisão pelo regime sírio e pelas forças iranianas.
Pelo menos 14 pessoas foram mortas e 43 ficaram feridas, seis delas em estado crítico, sendo levadas ao Hospital Nacional Masyaf, segundo a SANA, que citou o chefe do hospital, Faysal Haydar. As identidades das vítimas não foram divulgadas.
A área de Masyaf, localizada a oeste de Hama, é amplamente acreditada como uma base para forças iranianas e milícias pró-iranianas. Nos últimos anos, tem sido alvo frequente de ataques amplamente atribuídos a Israel.
Soldados de Israel. (Captura de tela/YouTube/Indian Express)
Ele abriga o Centro de Estudos e Pesquisas Científicas, conhecido como CERS ou SSRC, que, segundo Israel, é utilizado pelas forças iranianas para fabricar mísseis superfície-superfície de precisão.
Gás sarin
Autoridades ocidentais há muito associam o CERS à fabricação de armas químicas. Os EUA afirmam que o gás sarin foi desenvolvido naquele centro, uma acusação que as autoridades sírias negam.
Israel não fez comentários imediatos sobre o ataque.
Desde o início da guerra civil na Síria em 2011, Israel tem realizado ataques aéreos no país, com o objetivo principal de impedir a transferência de armas para o grupo terrorista libanês Hezbollah, apoiado pelo Irã, e de evitar que combatentes iranianos se estabeleçam perto da fronteira com Israel.
Desde o brutal massacre do Hamas em 7 de outubro, que resultou na morte de cerca de 1.200 pessoas em solo israelense e no sequestro de 251, Israel intensificou seus ataques contra alvos terroristas apoiados pelo Irã na Síria. Além disso, também atingiu defesas aéreas do exército sírio e algumas forças sírias.
O Hezbollah vem trocando tiros quase diariamente com Israel desde que começou a lançar ataques do Líbano, um dia após o ataque terrorista de seu aliado palestino Hamas, que desencadeou a guerra em Gaza.